CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

2 280 - Governo novo em Lisboa e novo «Biafra» em Angola


Cavaleiros do Norte da CCS (PELREC), ainda no Quitexe, em Setembro de 1974, há 40 anos. Hipólito, Monteiro, Almeida e Vicente (de pé), Garcia, Leal, Neto e Aurélio (Barbeiro). Almeida, Vicente, Garcia e Leal já faleceram. Em baixo, notícia do Diário de Lisboa, de 19 de Setembro de 1975, há 39 anos




A 19 de Setembro de 1975, uma sexta-feira como hoje, tomou posse o VI Governo Provisório, liderado por Pinheiro de Azevedo, o almirante que viria a ser sitiado na Assembleia da República, com ministros e deputados. Era o sexto, desde menos de ano e meio antes, e por lá se manteria até 23 de Julho de 1976. Substituiu o general «vermelho» Vasco Gonçalves - de muitas boas e muito más memórias.
A grande surpresa, para nós, que dez dias antes tínhamos chegado das africanas terras de Angola, era não se saber, poucas horas antes, de todos os nomes que iriam formar o ministério. Esta surpresa e a repetida rotação de governos - já íamos em 6!!! -, como quem muda fraldas, o que não  inspirava grande confiança. Mas que país novo é este? Que incerteza e confusões são estas? Era para isto que nos avisou o comandante Almeida e Brito, na despedida do avião dos TAM, quando voávamos na chegada à Lisboa? Sabemos hoje que era, para qualquer coisa parecida com o que desaguou no 25 de Novembro.
E por lá, por Angola?
O MPLA perseguia o objectivo de controlar todo o território nacional, escapando-lhe os últimos redutos da UNITA (Nova Lisboa) e da FNLA (Carmona e Ambriz).
A expectativa dos homens de Agostinho Neto era vertida no slogan «a vitória é certa». Mas tinham preocupações: «Embora possuídos de elevado moral,  os dirigentes do MPLA não deixam, contudo de manifestar precupações, especialmente no que se refere à situação do norte», relatava a imprensa da época, acrescentando que «com efeito, seja qual for a posição das forças militares rivais no terreno, à data da independência, ficará sempre à UNITA a possibilidade de declarar, independentes de Angola, as províncias do Uíge e Zaire, dando nascimento a um novo Biafra». Seria o pior que poderia acontecer! 

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