Alfredo Coelho (Buraquinho) e Joaquim Moreira, nas traseiras da enfermaria do Quitexe.
Em baixo, notícia DL de há 39 anos, 3 de Novembro de 1975
Os combates prosseguiam, de norte a sul, apesar de a Cimeira de Campala ter apontado as 6 horas de 1 de Novembro para o cessar fogo.
«A partir de agora, não mais se pode falar em quatro forças em presença», disse, em Luanda, o comandante Júlio Almeida. Referia-se a MPLA (o seu partido), à FNLA, à UNITA e às FA Portuguesas. «Há apenas duas partes em confronto», disse. E apontou-as: «As forças populares e os seus inimigos a soldo do imperialismo, apresentem-se sob que forma for».
Terminou a ponte aérea e estimava o Alto Comissário que ficassem em Angola «cerca de 30 000 a 40 000 portugueses». Todos eles, e todos os estrangeiros, tinham de, a partir de 11 de Novembro, «ser portadores de um documento do Governo angolano».
Um ano antes, no Quitexe, registara-se (na véspera) a visita do Bispo de Carmona, D. Mata Mourisca. No mesmo dia, lá estiveram «o brigadeiro comandante da ZMN e o comandante do BCAV. 8324 e diversos oficiais da guarnição de Carmona». A visita foi de carácter particular e não é difícil adivinha que fosse de cortesia ao comandante Almeida e Brito, que no dia seguinte se ausentaria do Quitexe - por vir a Portugal, de férias.
A guarnição vivia dias calmos, como se pode ver na imagem de cima, mostrando o Buraquinho e o Moreira a «brincalhar» com um cacho de bananas nas traseiras da enfermaria do Quitexe.
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