A última continência à bandeira que significava a soberania de Portugal em Angola (foto
de cima). O discurso da independência, do Alto Comissário Leonel Cardoso. Em baixo, o
militar português que a arreou e dobrou
A 10 de Novembro de 1975, às 18 horas, a bandeira Portuguesa foi arreada pela última vez, do mastro da Fortaleza de S. Miguel, em Luanda, com as continências de oficias portugueses, incluindo o Alto Comissário, o Almirante Leonel Cardoso. Foi há 39 anos!
A proclamação de independência tinha sido proferido às 12,10 horas, no salão nobre do Palácio do Governo. Nos seguintes termos:
"Portugal nunca
pôs, nem poderia pôr em causa a data histórica de 11 de Novembro, fixada para a
independência de Angola, que não lhe compete outorgar, mas simplesmente declarar. Nestes
termos, em nome do Presidente da República Portuguesa, proclamo solenemente - com efeito
a partir das O horas do dia 11 de Novembro de 1975 - a independência de Angola e a sua
plena soberania, radicada no Povo Angolano, a quem pertence decidir as formas do seu
exercício."
Acrescentou Leonel Cardoso: "E assim, Portugal entrega Angola aos angolanos depois de quase
500 anos de presença, durante os quais se foram cimentando amizades e caldeando culturas,
com ingredientes que nada poderá destruir. Os homens desapareceram mas a sua obra fica.
Portugal parte sem sentimentos de culpa e sem ter que se envergonhar. Deixa um país que
está na vanguarda dos estados africanos; deixa um país de que se orgulha e de que os
angolanos podem orgulhar-se".
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