CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 16 de novembro de 2014

2 939 - Contactos com a FNLA e patrulhas em Luanda

Quitexe, em imagem de 2012. Ao fundo, a secretaria da 
CCS. Em baixo, o quartel de Vista Alegre, a 20/07/2010 (foto By 
Bembe). Mais abaixo, o administrador Galina


A 16 de Novembro de 1974, no Quitexe, «voltou a haver um encontro» de elementos da FNLA com as autoridades locais, militares e civis. Dele não tenho memória e dele pouco fala o Livro da Unidade, para além de referir que acontecia, com «elementos dispersos, agora já nas categorias elevadas da sua chefatura».
A administração civil, se bem me recordo, estava ia tempo interinamente entregue a um sr. Galina (foto), que sucedera a Octávio Pimentel Teixeira.  

Ao mesmo tempo, decorriam contactos em Vista Alegre - onde, por estes dias, ainda estava a CCAÇ 4145/72, substituída pela CCAÇ. 4145/4, que acabou por sair logo depois, para lá indo a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comandada pelo capitão Davide Castro Dias - que, de vez, lá chegou a 25 de Novembro.
As «coisas» iam bem piores por Luanda, onde os desentendimentos entre os movimentos/partidos eram evidentes, trocando acusações. As Forças Armadas Potuguesas receberam instruções para  «abrir fogo, sem aviso prévio, sobre quem for encontrado a praticar actos de banditismo ou violência». A cidade era patrulhada por militares e os civis eram aconselhados a «limitar a circulação de viaturas, só em caso de comprovada urgência» e que, nestas condições «obedeçam prontamente às ordens ou indicações das patrulhas militares, sob o risco de serem algo de fogo dessas forças».
O jornal «O Comércio» deste dia, de há 40 anos, dava conta da chegada a Luanda de «mais um contigente armado da FNLA, facto que estaria ligado à constituição de uma unidade militar na capital», para «intervir  nas tarefas de repressão à onda de crimes e violência que tem havido». O MPLA, de sua vez, mostrou-se favorável à formação de «uma força armada dos diferentes movimentos de libertação, para ajudarem as Forças Armadas Portuguesas em tais tarefas».

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