CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

2 927 - Dias 4 de Novembro, o de 1974 e o de 1975!

O furriel Armindo Reino, o comandante Almeida e Brito, o clarim Manuel Barata (?) e o 
capitão José Paulo Falcão, há 40 anos, na noite de Natal do Quitexe. Em baixo, 
Almeida e Brito e José Paulo Falcão em Águeda, no encontro de 1995



O cessar fogo anunciado pela autoridades portuguesas em Luanda e assumido na Cimeira de Campala, pela OUA, não estava a ser cumprido no terreno. "As notícias das diferentes frentes de combate eram, contudo, esta manhã, escassas, sendo difícil verificar se as tréguas estariam ou não em vigor", noticiava o Diário de Lisboa de 4 de Novembro de 1975, por despacho do Diário de Luanda. Estava-se a uma semana do dia da independência - 11 de Novembro.
O dia de véspera fôra tempo para MPLA e FNLA desmentirem Idi Amim, o presidente do Uganda e da OUA: não tinham aceite o cessar fogo. O consulado americano determinou que o seu pessoal abandonasse Angola. A FNLA, no Caxito, "continua(va) encurralada nas posições para as quais foi obrigada a recuar, na última semana".
Um ano antes, precisamente, a mesma FNLA inaugurava a sua sede da Avenida do Brasil, na parte nova da cidade e muito perto de dois dos mais populares bairros da capital angolana - o Rangel e o Cazenga.  A France Press de 4 de Novembro de 1974, há 40 anos, dava conta que "a cerimónia foi precedida de espectacular cortejo através das ruas da cidade, composto por milhares de aderentes do movimento, empunhando bandeiras e cartazes, emtoando o hino da FNLA e dando vivas ao presidente Holden Roberto".
No Quitexe, sede do BCav. 8423, o comandante Almeida e Brito despedia-se para férias em Lisboa. Foi substituído no comando do batalhão pelo oficial adjunto, o então capitão de cavalaria José Paulo Falcão.  Os Cavaleiros do Norte, recordemos, não tinham 2º. comandante. O mobilizado major Ornelas Monteiro tinha sido "desviado", na última da hora, para o Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, ao serviço do MFA.
José Paulo Falcão, leio no Livro da Unidade, «desenvolveu intensa actividade» nesse período e, já nesse dia, «esteve presente na reunião de comandos do Comando do Sector do Uíge», em Carmona.

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