CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

3 241 - Cavaleiros a 5 dias do regresso a Portugal

Cavaleiros do Norte. Da esquerda para a direita, Madaleno, NN, furriéis Mosteias e Neto (de braços caídos), Gomes, 
furrriel José Pires, Florindo, furriel Rocha (braços cruzados), furriel Cândido Pires, 1º. cabo Soares (com 
braçadeira), NN, Estrela (?), NN e alferes Hermida e Ribeiro. Em baixo, NN, Tomás, NN, Pais, Furriel Cruz, Silva, Cabrita, 
Emanuel (?), Soares (TRMS), NN e NN. Sentados: Zambujo (de bigode) e mais quatro, Quem ajuda a identificá-los? 



Notícia do Diário de Lisboa sobre a retirada
das forças sul-africanas do sul de Angola.
Há precisamente 40 anos!


Setembro de 1975! Já vamos no dia 3, uma 4ª.-feira, e a nossa viagem de regresso a Portugal é já na 2ª.-feira seguinte. Por mim, combinado com o amigo Albano Resende, escrevo correio que ele colocaria em Luanda. pelos dez dias da viagem marítima do «Niassa» e seria recebido por esse tempo. Em Portugal. Era a minha forma de familiares e amigos não estranharem o meu «silêncio», pois queria chegar de surpresa! Como cheguei
Perto de Luanda, a escassos 20 quilómetros, o MPLA repeliu as forças da FNLA que, segundo o Diário de Lisboa, ali tinham, chegado no domingo anterior (dia 31 de Agosto). «Deixámo-los avançar, num sector que conhecíamos perfeitamente (...) porque tínhamos falta de artilharia, e depois contra-atacámos», comentou fonte militar do MPLA, citado pelo DL.
O objectivo da FNLA seria «destruir os reservatórios de água que abastecem Luanda».
A mesma FNLA era alvo, em Luanda, de um comunicado de oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas Portuguesas, denunciando «as  provocações que vem sofrendo» da parte do movimento de Holden Roberto e aludindo «quatro militares portugueses aprisionados, tendo um sido morto». Suponho que se referia ao caso da morte do alferes Bragança.
Os militares portugueses exigiram «a libertação imediata dos prisioneiros e a apresentação pública de desculpas da parte das FNLA». Caso tal não acontecesse «no espaço de 24 horas», avisava o comunicado, os mesmos militares exigiam que o Comando Operacional de Luanda (COPLAD) desencadeasse «uma acção punitiva contra as forças do ELNA» - o Exército de Libertação Nacional de Angola, braço armado da FNLA.
A sul, o MPLA «conseguiu repelir a força invasora sul-africana (...), forçando-a a retirar para além da fronteira». O combate foi na vila de Quilengues e, enquanto isso, «um destacamento do MPLA ocupava novamente Vila Roçadas, preparando-se para tomar posições em Ngiva».

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