CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 3 de janeiro de 2016

3 264 - Patrulhamentos no asfalto e cimeira no Algarve

Alberto Ferreira, João Pinto (1º. cabo), Francisco Madaleno e João Marcos, 
atiradores do PELREC da CCS dos Cavaleiros do Norte, num momento de ócio


Os alferes Sampaio (de oficial de dia) e
António Garcia, com o furriel Viegas - momentos
antes da partida para mais um patrulhamento, com
o grupo que parcialmente se vê na Berliet


Aos três dias de 1975, no quente e sossegado Quitexe uíjano da saudosa terra de Angola, os Cavaleiros do Norte tinham a sua «actividade muito limitada, por grande falta de meios humanos», nomeadamente depois de, no mês anterior (Dezembro de 1974), ter sido dispensada «a prestação do serviço militar dos grupos de mesclagem».
O BCAV. 8423 tinha três, um em cada companhia operacional (Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel), cada qual com 36 homens, todos oriundos do Regimento de Infantaria 20 (RI 2), aquartelado em Luanda, e todos eles de etnia africana (negros). Como curiosidade, os mais velhos eram Sebastião M. Pedro, de Santa Isabel, e Mateus D. Manhanga, de Aldeia Viçosa, que seriam da incorporação de 1966 (nascidos em 1945) - sendo a generalidade de 1972 e 1973, alguns de 1971 e outros de 1972.
Por companhia e ano de incorporação, os mais velhos (em idade civil) eram:
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: Augusto D. Dala (de 1967) e Manuel Garcia (de 1968).
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: Mateus D. Manhanga (de 1966) e Cipriano A. M. Costa (de 1969).
- 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel: Sebastião M. Pedro (de 1966), Francisco Caianga e Correia Gonga (ambos de 1967).
A redução de meios humanos obrigou, pois, a redobrado esforço da guarnição europeia. Historia o Livro da Unidade que «com algum esforço das tropas metropolitanas». Certo é que a actividade das NT, há precisamente 41 anos, passou a «quase somente ser conduzida ao longo do «alcatrão», em constantes patrulhamentos, apeados e auto, através dos quais se garante(ia) a nossa presença e a liberdade de itinerários».
Notícia do Diário de Lisboa de 3 de
Janeiro de 1975, há 41 anos, sobre
a cimeira angolana no Algarve
O dia, em Lisboa, foi assinalado pelo anúncio da realização, no Algarve, da Cimeira dos três movimentos com o Governo Português. Sagres e Monte Gordo eram os locais sugeridos. Viria a ser o Hotel Penina, no Alvor. Mas, a esse dia e segundo Almeida Santos (o Ministro da Coordenação Inter-Territorial), «a realização da Cimeira no nosso país depende, em última análise, do possível acordo entre os três movimentos de libertação, agora reunidos em Mombaça, no Quénia» - e que há precisamente 41 anos eram recebidos pelo Presidente Keniatta, «antes de iniciarem a cimeira preparatória das negociações com o Governo Português».

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