CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

3 273 - Expectativa no Uíge sobre a Cimeira do Alvor


Grupo de Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, em 
momento de ócio. O 1º. cabo apontador de morteiros Fernando Martins 
Simões (falecido a 17 de Agosto de 1998, por enforcamento, em Penacova) é 
o segundo, de pé. Quem ajuda a identificar os restantes?


Rodrigues e Pinto, dois Cavaleiros
do Norte de Zalala, em pose artística. Se
coisa houve que a jornada africana de Angola
promoveu foi a intensa e sã camaradagem


A 12 de Janeiro de 1975, um sábado, o comunicado oficial da Cimeira do Alvor dava conta dos «progressos substanciais, tendo-se atingido acordo em relação a vários pontos fundamentais, nomeadamente no que se refere ao estabelecimento das estruturas governamentais de Angola».
Costa Gomes, em declarações à imprensa, conformou que «a independência ocorrerá este ano», indicando mesmo uma data, ainda que sem confirmação: 11 de Novembro de 1975. Já o ministro Almeida Santos, a meio da tarde da véspera (dia 11) falara em «três ou quatro pontos quentes» da Cimeira, nomeadamente  os problemas da Constituição, chefia do Governo provisório e organização das Forças Armadas, com combatentes dos três movimentos de libertação - que, do ponto de vista português, teriam colaboração e comando... português. Um dos pontos que vinha a diferenciar as posições portuguesa e de MPLA, FNLA e UNITA era precisamente as permanência das forças armadas portuguesas em território angolano. Defendiam os movimentos que deveriam sair 4 meses antes da independência, contra a posição portuguesa: a de permanecerem ate ao dia da independência.
Outro ponto que afastava as posições era «o da formação do governo»: pretendiam os movimentos 5 pastas ministeriais para cada um e duas para Portugal. Queria a delegação portuguesa que os movimentos se ficassem por quatro, cada um. 
Lá pelo Uíge, nas guarnições portuguesas dos Cavaleiros do Norte, tudo continuava igual: serviços de ordem escoltas e patrulhamentos nas estradas de alcatrão. E muita expectativa sobre o desenvolvimento da cimeira. «O que é que irá dar?...», era a interrogação corrente. 

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