CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 15 de janeiro de 2017

3 642 - Acordo na Cimeira do Alvor e Comandantes do Uíge no Quitexe!

Cavaleiros do Norte do PELREC. De pé, 1º. cabo Almeida (falecido a 28/02/2009, de doença e em Pena-
macor), Messejana (f. a 27/11/2009, em Lisboa e de doença), Neves, 1º. cabo Soares, Florêncio, António, 
Marcos, 1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º. cabo Florindo (enfermeiro). Em baixo, Vicente (f. a 21/01/1997, 
de doença e em Vila Moreira, Alcanede), furriel Viegas, Francisco, Leal (f. a 10/06/2007, de doença e em
 Pombal), 1º. cabo Oliveira (TRMS), 1º. cabo Hipólito, Aurélio (Barbeiro), Madaleno e furriel Neto


Alvor, há 42 anos: Almeida Santos, Mário Soares, Jonas
 Savimbi (UNITA), Holden Roberto (FNLA), Costa
 Gomes, AgostinhoNeto (MPLA) e Rosa Coutinho
A 15 de Janeiro de 1975, os comandantes das unidades do Comando do Sector do Uíge (CSU) reuniram no Quitexe, naturalmente expectantes sobre o evoluir da Cimeira do Alvor. 
«Os termos da negociação da independência de Angola polarizaram todas as atenções», refere o Livro da Unidade, na história escrita que faz da abertura daquele mês de há 42 anos.
O Diário de Lisboa de 15/01/1975
O anfitrião foi o tenente-coronel Almeida e Brito, comandante do Batalhão de Cavalaria 8423, acompanhado do seu oficial-adjunto, o capitão José Paulo Falcão. «O BCAV. foi honrado com a presença do Exmo. Comandante de Sector e oficiais do seu Estado Maior», sublinha o Livro da Unidade.

Governo de Transição
e Presidente de Angola

O dia, por coincidência, era o último da Cimeira do Alvor e pré-conheciam-se algumas decisões do acordo que ira ser assinado às 20 horas. 
Albino A. Almeida
As notícias chegavam ao Quitexe em primeiro lugar através da onda curta da Emissora Nacional (actual RDP / Antena 1), que por lá se ouvia menos bem mas com ilimitado interesse, da parte dos Cavaleiros do Norte (ou outras guarnições) e a imprensa escrita desse dia de há 42 anos, por sua vez, noticiava que «o Governo de Transição de Angola será dirigido por um Conselho Presidencial, constituído por três vice-primeiros ministros», como reportava o vespertino Diário de Lisboa.
Vasco V. Almeida
Os ministros portugueses, afinal, seriam os da Economia (seria empossado Vasco Vieira de Almeida), Obras Públicas, Habitação e Urbanismo (Manuel Alfredo Resende de Oliveira) e Transportes e Comunicações (Albino Antunes de Almeida) e cada um deles teria três Secretários de Estado «designados pelos três movimentos de libertação»O Alto-Comissário deveria ser, como vinha a ser falado, o brigadeiro Silva Cardoso e ficaria responsável pela Defesa e pela Segurança Pública.
Manuel A. R. Oliveira
Os movimentos, entre outras, ficariam com as pastas da Informação (MPLA), Administração Interna (FNLA) e Trabalho (UNITA). Cada ministro ficaria com dois Secretários de Estado - um de cada um dos outros movimentos.
«A retirada das tropas portuguesas iniciar-se-á em Junho, devendo estar completa no dia da independência», noticiava o Diário de Lisboa.
Oura notícia relevante era a da eleição do Presidente da República de Angola: «Será na Assembleia Constituinte e tomará posse no próprio dia da independência, assistindo à cerimónia o Chefe de Estado Português», reportava o jornal vespertino da capital portuguesa, precisando que Costa Gomes «permaneceu no Algarve durante toda a Cimeira, acompanhando de perto os trabalhos», mas, curiosamente, com tempo para «dar um passeio pela Praia da Rocha».

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