CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 28 de março de 2017

3 714 - Comandantes em Vista Alegre e cessar fogo em Luanda

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia  e os tenentes
 Acácio Carreira da Luz (que hoje faz 88 anos, na Marinha Grande) e
 João Elóy Borges da Cunha Mora (falecido, de doença e em Lisboa, a
 21  de Abril de 1993, com 67 anos e em Lisboa)

Cavaleiros do Norte de Santa Isabel: furriel Graciano
Silva e alferes Mário Simões (atrás) e furriéis Luís Capi-
tão (falecido a 05/01/2010, em Vila Nova de Ourém e de
doença) e José Fernando Carvalho. Há precisamente
42 anos e com o seu pelotão (o 3º. da 3ª. CCAV. 8423),
 reforçaram a guarnição de Carmona 


O dia 28 de Março de 1975, pelo Uíge angolano, foi tempo de o comandante Carlos Almeida e Brito visitar a 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, mas ao tempo aquartelada em Vista Alegre.
Interino da Zona Militar Norte (ZMN), o comandante do BCAV. 8423 (CAB) fazia-se acompanhar pelo também interino, mas dos Cavaleiros do Norte - o capitão José Diogo Themudo, que desde o dia 24 de Março era 2º. comandante do  BCAV. 8423.
O alferes Carlos Silva, ladeado pelo condutor Manuel
 Mendes (á esquerda) e o atirador Ernesto Simões.  Ca-
valeiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel
A 1ª. CCAV. 8423 também tinha um destacamento em Ponte do Dange e era comandada pelo capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias - a quem, e à guarnição, foi apresentado o capitão José Diogo da Mota e Silva Themudo.

Reforço dos Cavaleiros
e Licença de Normas

A «impossibilidade de garantir os servi-
ços solicitados ao BCAV., que comportam também os da ZMN, também em extinção» implicou o seu reforço, a 28 de Março de 1975, com «mais um grupo de combate, este da 3ª. CCAV. 8423, por ser a subunidade que, de momento, tem a sua vida menos sobrecarregada».
Grupo de combate (o 3º. pelotão) que tinha estado na Fazenda Maria Amélia e era comandado (ver foto) pelo alferes Mário Simões e incluía os furriéis mili-
cianos Graciano Silva, José Fernando Carvalho e Luís Capitão - este infeliz-
mente já falecido, de doença, a 5 de Janeiro de 2010, em Vila Nova de Ourém.
Um ano antes, terminava a Licença de Normas dos futuros Cavaleiros do Norte, iniciada a 18 de Março de 1974, a qual, todavia, e segundo o Livro da Unidade, «acabou por ser aumentada, de tal modo que só a 22 de Abril se voltou a reencontra todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à Instrução Operacional».
Nesse período, os quadros milicianos (alferes e furriéis) iam prestar serviços de ordem ao aquartelamento de Santa Margarida - em escala previamente estabelecida. Os praças foram dispensados dessa obrigação.
O Diário de Lisboa e a notícia do
 acordo para cessar os combates 

Acordo em Luanda
para o cessar fogo

A reunião dos ministros Almeida Santos e Melo Antu-
nes com o Colégio Presidencial do Governo Provisório de Angola resultou na assinatura de um protocolo entre os três movimentos de libertação, pelo qual MPLA, FNLA e UNITA «se obrigam a cessar as hosti-
lidades e a libertar até ao meio dia de hoje todas as pessoas que prenderam durante os últimos dias».
A UNITA tinha sido neutral nos trágicos acontecimen-
tos desses dias, mas assinou o acordo, que se nego-
ciava desde a véspera e se concluiu na madrugada de 28 de Março de 1975.
A FNLA era acusada de dispor de soldados zairenses. «Os soldados todos falavam francês e muitos deles nem conhecem qualquer dialecto angolanos. Certos meios progressistas de Luanda dizem que não sabem até que certo ponto muitos deles não terão pertencido a exércitos convencionais», referia José António Salvador, no Diário de Lisboa, acrescentando que «os soldados da FNLA continuaram as suas acções de intimidação, durante o dia de ontem», aparentemente, frisava, «com apoio de alguns pides».
Um grupo de 12 médicos do Exército Português, entretanto, apresentou um abaixo-assinado à Comissão do MFA Angola «protestando energicamente con-
tra a actuação da FNLA», que chegou a qualificar como «bestialidade nazi».
«O que parece definir a FNLA é o seu nacionalismo exacerbado, intolerante, que usa o terror como arma», referia o comunicado dos médicos militares portugueses. A FNLA, de Holden Roberto, a antiga UPA.
O capitão Acácio Carreira da Luz e esposa,
numa imagem de 2013, em Paredes (Porto).
Hoje, festeja 88 felizes e saudáveis anos, na
 Marinha Grande. Parabéns!

Tenente Acácio Luz
festeja 88 anos!

O tenente Luz foi chefe de secretaria do Comando do BCAV. 8423 e neste dia de 1975, em Carmona, festejou os seus já então maduros e experientes 46 anos!
Maduros e experientes 46 anos?! Pois, sem dú-
vida, por esses saudoso tempos de há 42 e lá pelas uíjanas terras do norte de Angola, por on-
de jornadeános em missão de que todos nos orgulhamos! Então e o que dizer de hoje, aos 28 dias de Março de 2017, ir soprar as tantas velas dos, dos..., dos seus sereníssimos e sábios 88?!!
88 anos!!! Oi-ten-taaaaaa e oiiiii-toooooo!.....
Acácio Carreira da Luz continuou a carreira militar depois do regresso de Angola e atingiu a patente de capitão. É participante seguro e activo dos convívios da CCS e neste dia da sua festa maior, na sua terra da Marinha Grande, festejá-los-á em feliz ambiente familiar. É para lá que vai o abraço gigante de todos os Cavaleiros do Norte da CCS! E o desejo certo de muitos mais e bons anos de vida, de saúde e de paraíso!

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