O dia 7 de Janeiro de 1975 foi o de mais farta chegada de futuros Cavaleiros do Norte ao Destacamento do RC4 e desti-
nados ao BCAV. 8423.
«Mobilizados para servir no Ultramar», assim rezavam as ordens de serviço que anotavam a chegada dos jovens milita-
res, com o «selo» de irem para Angola.
O dia, uma segunda-feira, foi intenso e grávido de curiosidades, da parte dos quadros que desde há semanas se aquartelavam na unidade de Cavalaria do Campo Militar de Santa Margarida; quem vinha aí?, quem seria as suas terras, ou delas próximos? Já saberiam que estavam mobilizados?
A verdade é que, exceptuando os especialistas - já «nomeados para servir no Ultramar»... -, a generalidade dos soldados que chegavam para a especialidade de atiradores de Cavalaria não faziam ideia do seu destino mais próximo. À mobilização, não escapariam, mas para onde? Lá os fomos informando que o teatro de guerra seria Angola.
O RC4 (a verde), o cinema (a branco) e a capela do Campo Militar de Santa Margarida (a amarelo) |
O 1º. encontro com os
praças do BCAV. 8423
O BCAV. 8423, de acordo com a «Histó-
ria da Unidade», «pode dizer-se que co-
meçou a existir cerca de Outubro/No-
vembro de 1973, com a mobilização da maioria dos seus quadros».
A unidade mobilizadora era o RC4, em Santa Margarida, «sendo mobilizados com destino ao Estado de Angola».
O encontro da «maioria do pessoal do futuro Batalhão - oficiais, sargentos e praças - só se deu a 7 de Janeiro de 1974, no aquartelamento do Destacamento do RC4». Hoje se fazem 44 anos! O quarto turno de instrução especial de 1973 deveria ter-se realizado em Dezembro, mas tal não aconteceu por, ainda se-
gundo o «História da Unidade, «condicionalismos diversos».
Seja como for, há 44 anos, os praças ficaram a conhecer os quadros principais do BCAV. 8423: o comandante Carlos Almeida e Brito, tenente-coronel; o 2º. comandante, major Ornelas Monteiro (que acabou por não seguir para Angola), o oficial adjunto, capitão José Paulo Falcão; o chefe de secretaria, tenente Acácio Luz; e, entre outros, os comandantes das quatro Companhias: os capitães António Oliveira, do SGE (da CCS), e os então tenentes milicianos Castro Dias (da 1ª. CCAV. 8423, de Zalala), José Manuel Cruz (2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa) e José Paulo Fernandes (3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel) - depois capitães, os três.
O Vargas em Vista Alegre, 1975. Atrás, estão o Silva (Ciclista) e o Almeida (Mira Daire), de costas |
Vargas em 1974 |
Vargas de Zalala, 66
anos na ilha do Pico
O Vargas foi Cavaleiro do Norte e condutor da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e festeja 66 anos a 8 de Janeiro de 2018.
Manuel Idalmiro Vargas, é este o seu nome completo, é natural do Arquipélago dos Açores, da ilha do Pico - onde é empresário dos sectores da restaura-
ção, dos combustíveis e dos lubrificantes, na Estrada Regional, na povoação de Piedade - aonde regressou no final da sua comissão de serviço militar em terras angolanas do Uíge - pela Fazenda de Zalala, por Vista Alegre e depois por Carmona, no CSU/ZMN.
Voltou a Angola, por quatro vezes, em negócios, mas continua a sua activida-
de profissional centralizada nos Açores e não falta a um encontro anual dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão Castro Dias. Parabéns!
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