CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

4 013 - Cavaleiros no norte de Angola à espera do futuro próximo...

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos furriéis milicianos, numa tarde de
um domingo de Janeiro de 1975. De pé: António Fernandes, Graciano Silva, 
um combatente da FNLA e Francisco Neto. Em baixo, Nelson Rocha, José 
Adelino Queride João Cardoso
O 1º. cabo Albino Ferreira, à esquerda e atirador de Cava-
laria, faleceu há um ano, em Sintra e de doença. Aqui, no
 encontro de Ferreira do Zêzere, em 2010, com os furriéis
Viegas e Francisco Neto e os também «pelres´s» solda-

dos Francisco António e Augusto Florêncio

Os dias de Janeiro de 1975 ia correndo, riscados no calendário da nossa jornada africana, a Cimeira do Alvor já lá ia e, pelo Uíge angolano, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam expectantes mas serenos.
Muito poucas notícias lá chegavam e, mesmo as que chegavam, para além da rádio, chegavam com algum atraso  mas muito discutidas pela guarnição. 
Os presidentes Agostinho Neto (do MPLA),
Holden Roberto (da FNLA) e Jonas
Savimbi (da UNITA)
Agostinho Neto, presidente do MPLA, continua-
va em Portugal (Holden Roberto, da FNLA, e Jonas Savimbi, da UNITA, já tinham partido) e reunia com os partidos políticos portugueses. A 21 de Janeiro, por exemplo, fora recebido pelo PPD (actual PSD) e MDP/CDE. A 22, deixou Lis-
boa e voou para a Argélia, depois para  Tanzânia e a Zâmbia - antes de chegar a Luanda, onde a 31 de Janeiro  desse anos programava assistir à posse do Governo de Transição.
«Nesta nova fase da luta pela independência de Angola, as tarefas prioritárias são a resolução dos problemas políticos, o que exige a diminuição de tensões entre brancos e pretos, entre todos os movimentos políticos», disse Agostinho Neto, à saída de Lisboa.
O furriel João Dias e o 1º. cabo Albino
Ferreira, já visivelmente debilitado, em
Outubro de 2016, a 3 meses da sua morte

A morte do Ferreira,
1º. cabo do PELREC

Há um ano, no dia 23 de Janeiro de 2018, precisa-
mente, faleceu o 1º. cabo Ferreira, que foi atirador de Cavalaria do PELREC da CCS, antes da rotação para a 1ª. CCAV. 8423, em Novembro de 1974.
Albino dos Anjos Ferreira nasceu na freguesia de Cardal, em Ferreira do Zêzere, aonde voltou a 9 de Setembro de 1975. Migrou para a zona de Sintra e por lá trabalhou na área da construção civil e, ulti-
mamente, em automóveis usados - em  Almargem do Bispo, onde foi localiza-
do em finais de 2016 pelo furriel miliciano João Dias, TRMS da 1ª. CCAV. 8423.
A última vez que confraternizámos foi no encontro de Ferreira do Zêzere, em 2010, no qual participou com a alegria de sempre, muito bem apessoado, de fato e gravata a condizer, comungando a alegria de se partilhar com os compa-
nheiros dos tempos da terra africana.
Faleceu, de doença, a 23 de Janeiro de 2017, em Almargem do Bispo. Faria 65 anos dia 28 de Novembro de 2017 e hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

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