O 1º. cabo Victor Vicente (aponta-
dor de morteiros) e Eduardo Tomé (Sintra, o Mercedes, condutor), ambos da 2ª. CCAV. 8423, a de
Aldeia Viçosa), com os CCS´s 1º. cabo Victor Florindo (enfermeiro)
e Alfredo Coelho (analistas de águas, o Buraquinho, que amanhã faz 66 anos em Custóias (Matosinhos)
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O novo comandante do Regimento de Cavalaria 4 (RC4), o coronel João Carlos Craveiro Lopes, to-
mou posse no dia 16 de Janeiro de 1974.
O BCAV. 8423 estava ainda nos seus pri-
meiros dias de for-
mação e instrução operacional, iniciada
O marechal Craveiro Lopes e o filho João Carlos, coronel, que foi comandante do RC4 |
ção informal do dia 8 desse mês de Janeiro há 44 anos - no Destacamento do Campo Militar de Santa Margarida (CMSM). Como o tempo passou!!!
O BCAV. 8423 «tomou parte na cerimónia, podendo di-
zer-se ter sido nesta data a sua primeira aparição co-
mo unidade constituída», como se pode ler no livro «História da Unidade».
O coronel João Carlos Craveiro Lopes era filho do mare-
chal João Higino Craveiro Lopes, que tinha sido Presi-
dente da República. Revelou-se um comandante muito austero e algo distante dos homens da guarnição, por-
ventura, até, excessivamente exigente e disciplinador.
A revolução de 25 de Abril «afastou-o» do comando do Regimento de Cavalaria 4, a unidade dos carros de combate do Exército Português, tendo sido substi-
tuído a 6 de Maio de 1974, pelo coronel Luís Maria de Sousa Campeão Gouveia - quem comandava nas datas de partida para Angola da CCS (no dia 29 de Maio), da 1ª. CCAV. (a 31), da 2ª. CCAV. (a 3 de Junho) e da 3ª. CCAV. (a 4).
Primeira página do Diário de Lisboa de 16 de Janeiro de 1975, com a notícia da Cimeira do Alvor |
O Acordo do Alvor e
a esperança d´Angola!
Um ano depois, a 15 de Janeiro de 1975, chegaram ao Uíge notícias, em papel de jornal, da assinatura do histórico Acordo do Alvor. Acordo que abria portas para a independência de Angola e sobre o qual, na véspera, ansiosamente ouvíramos notícias da rádio.
«A partir de agora, vós e os vossos movimentos, estão colocados perante um desafio duplo. É a espe-
rança de todos os angolanos a exigir que homens e partidos, apesar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontrar soluções angolanas autênticas, baseadas na capa-
cidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir o vos-
so país», disse o Presidente Costa Gomes, no encerramento e dirigindo-se aos dirigentes do MPLA, FNLA e UNITA.
O presidente do MPLA interveio em nome dos três movimentos:«Aqui, as pre-
tensões dos colonialistas ficaram enterradas para sempre», disse Agostinho Neto, acrescentando que «afastado o obstáculo do colonialismo, nem o povo português nem o povo angolano desejarão recuar na sua transformação pro-
gressiva, para uma nova definição do homem na sociedade».
«A dinâmica da vida - acrescentou o presidente do MPLA - só nos pode condu-
zir a um destino. O destino do progresso. Se recuarmos, o processo em Portu-
gal e em Angola, este importante acordo, hoje selado, pelo estabelecimento das relações justas entre os nossos povos, romper-se-á inevitavelmente».
O dia confirmou que o almirante Rosa Coutinho deixava o Alto Comissariado Português em Angola e que seria substituído pelo brigadeiro Silva Cardoso.
Coelho, o 1º. cabo Alfredo Buraquinho, em 1974 |
A. Coelho, o Buraquinho, em 2017 |
66 anos em Custóias!
O 1º. cabo Coelho, analista de águas da CCS do BCAV. 8423, está em festa no dia 17 de Janeiro de 2018: comemora 66 anos.
Alfredo Rodrigo Ferreira Coelho, de seu no-
me de baptismo mas pelo Uíge e até aos dias de hoje imortalizado como Buraquinho, transitou para 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel mas já aquartelada no Quitexe, em Novembro de 1974.
Regressou a Portugal e a Custóias (Matosinhos), sua terra natal, no dia 11 de Setembro de 1975. De lá era, lá voltou e lá continuou até aos dias de hoje, agora já aposentado e depois de uma vida de trabalho que, por exemplo, passou pela propriedade e gestão de uma unidade de res-
tauração. Para lá vai, bem forte, o nosso abraço de parabéns!
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