CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 30 de abril de 2019

4 457 - As vésperas do 1º. de Maio na vida dos Cavaleiros do Norte!

Pelotão de Sapadores em «modo» futebolístico. De pé, Irineu Sousa, Afonso Henriques, NN, Jerónimo
de Sousa e Américo Oliveira, que hoje festeja 67 anos na Póvoa do Lanhoso. Em baixo, António Amaral,
António Calçada, 1º. cabo Fernando Grácio, NN e José Coelho (que faleceu a 13/05/2007, de doença e
em Penafiel). Quem reconhece os NN´s? 
Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423,
em Santa Margarida: furriéis Rodrigues
e Queirós e alferes Lains dos Santos

BCAV. 8423

Aos últimos dias do mês de Abril de 1974,  há 45 anos, os futuros Cavaleiros do Norte sabiam ir para Angola, mas «desconheciam, ainda, qual o local de destino». Mas foram marcadas «as datas de embar-
que, para fim de Maio e princípios de Junho».
O BCAV. 8423, por esse tempo, teve «interrom-
pida a sua preparação», imediatamente depois do 25 de Abril, mas não tardariam voltarem à Mata do Soares, a partir do Destacamento do RC4 (a nossa unidade mobilizadora) - onde, entre 3 e 10 de Maio, finalmente se realizaram os exercícios da instrução altamente operacional, o famoso e popular IAO.
A 30 de Abril de 1974, uma terça-feira, a imprensa portuguesa antecipava a festa do 1º. de Maio e o Diário de Lisboa titulava a primeira página: «A caminho da Democracia |  A Junta pede serenidade no 1º. de Maio».
«A Junta de Salvação Nacional reconhece aos trabalhadores portugueses o dia 1 de Maio como o da sua festa maior feriado nacional e. para tal, decretou que seja feriado nacional», lia-se no comunicado oficial, relativo às manifes-
tações públicas marcadas para o dia seguinte - o 1º. de Maio!
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, aqui no Qui-
texe, estavam em Luanda, quando, há 44 anos,
 se registaram graves incidentes entre os
movimentos angolanos
Incidentes em Luanda,
entre os 3 movimentos

Um ano depois, «Luanda acordou ao som de tiroteio» e durante a manhã «registaram-se ainda diversos incidentes, que ultrapassavam já os limites dos musseques».
«Pode dizer-se que Luanda não dormiu. Os disparos de morteiros, os tiros de canhão, as rajadas de  armas automáticas e metralhadoras pesadas perturbaram a serenidade e a paixão dos habitantes da capital angolana durante a noite», reportava o Diário de Lisboa de 30 de Abril de 1974. acrescentando que se «desconheciam as causas dos incidentes», mas que alguns observadores admitiam que se tratava de acções que pretendiam «criar um ambiente de pânico que impeça a realização das manifestações do 1º. de Maio previstas para amanhã e convocadas pelo MPLA».
Os primeiros incidentes tinham sido entre forças do MPLA e da FNLA mas, referia o DL, «ontem à noite ocorreu um recontro a FNLA e a UNITA».
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas, no seu adeus às férias e a Luanda, ainda foram «parte» dos incidentes quando, viajando de avião para Carmona no fim de tarde de 29 e Abril, teve a aeronave de voltar ao aeroporto, pouco depois de levantar voo e devido aos disparos de morteiros e canhões que «incendiaram» o céu da capital angolana. 
Américo Oliveira

Oliveira, sapador da CCS, 6
anos na Póvoa do Lanhoso !

O soldado sapador Américo da Silva Oliveira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 30 de Abril de 2019.
Cavaleiro do Norte do Quitexe do do grupo comandado pelo al-
feres miliciano Jaime Ribeiro, o Oliveira voltou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Alto do Vilar, povoação da freguesia de Sobrado, no município de Valongo. Supomos que, actualmente, viverá em Taíde, freguesia do concelho da Póvoa do Lanhoso, para onde, ou onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!  

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