CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 2 de junho de 2019

4 440 - Os «Santa Isabel» no Fundão, os «CCS´s» em Penafiel...

Os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, do BCAV. 8423 e da Fazenda Santa Isabel, 
reunidos no Fundão, a 1 de Junho de 2019. Um grande dia!
O furriel José Lino, organizador do encontro, e o capitão
José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. CCAV. 8423



Os Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª: CCAV. 8423 «mataram» saudades e confortaram as almas nos encontros de ontem: a CCS em Rans, no município de Penafiel, a 3ª. CCAV. 8423 no Fundão.
«Foi um dia maravilhoso, que correu completamente bem, que me deixou muito, muito feliz, muito satisfeito...», disse José Lino, o Cavaleiro de Santa Isabel, impecável organizador deste encontro, que, há 44/45 anos e pelo norte de Angola, pelo Uíge, jornadeou como 
Os furriéis Querido (de óculos) e Lino (de costas)
 e os alferes Mário Simões e Pedrosa de Oliveira
mecânico-auto e por cá é bem sucedido empresário de vários sectores 
industriais e comerciais pela raia de Espanha e também por este vizinho país fora.
Os «santaisabéis» começaram a chegar cedo, bem cedo..., ao Fundão e a «espreitar» as cerejeiras da zona, indo de um pouco de todo o lado de Portugal, sem medos ao calor que se sentia, como medo nunca tiveram durante os 15 meses
Os furriéis Gordo e Cardoso
da jornada militar que os levou ao africano Uíge de Angola - e numa época irrepetível da História de Portugal e dos novos países que nasciam.
«Fomos à volta de uma centena de pessoas, uma grande família, tudo gente muito boa, todos muito bons companheiros», disse o José Rodrigues Lino, sem esconder a alegria de «ter  tantos e tão bons amigos» da epopeica missão em Angola, neste encontro do Fundão. E, certamente, a lembrar-se do furriel Luís Gordo, alentejano de Alter do Chão que há algum tempo não aparecia. Ou do furriel Belo e do 1º. cabo Deus, que a vida «roubou» ao encontro de 2018, na Bairrada. (continua)
O furriel Francisco Bento e o sapador
Manuel Dias, 44 anos depois ! E felizes!

Furriel Bento e sapador
Dias, os debutantes!

Os Cavaleiros do Norte da CCS, ao mesmo tempo, desmultiplicavam-se em abraços que mataram  saudades e cimentam o enormíssimo e vivo espírito de solidariedade que Angola fez nascer e se sente até aos dias de hoje. E pelo futuro vai continuar.
O debutante Albino Dias, com os furriéis
 Viegas (à esquerda) e Neto (a boleia dos três)
O furriel Francisco Bento e o soldado Albino Dias foram as novidades de 2019: dois compa-
nheiros que debutaram no encontro dos Cava-leiros do Norte, dois Cavaleiros do Norte que não víamos desde 1975. 
O Bento, da Secção de Operações e Informa-ções, lá pelo Quitexe, e a quem todos lembra-
ram o seu inimitável papagaio e o asneiredo que todos lhe ensinámos, veio de França, com a esposa Cecília. «Estou contente, muito contente, por encontrar esta malta toda...», disse o Bento, debaixo do cúmplice e feliz olhar de «madame» Cecília, a sua «mais-que-tudo»
O Albino Dias, de Oliveira de Azeméis, viajou à boleia do Francisco Neto e «en-
gravidou-se» de emoção. «Nunca pensei ver esta malta toda, tantos anos de-
pois... já são mais de 40», comentou na viagem de regresso, citando, a exemplo, o 1º. cabo Miguel Teixeira, que com ele andou pela messe de oficiais. «Conheceu-me logo, até sabia o meu nome...», exclamou o Dias - assim era conhecido este sapador da CCS, que regressou a Portugal a 22  de Fevereiro de 1975, devido à sua epilepsia. 
Celebração na Igreja paroquial de Rans, onde foi
feita memória dos «ccs´» já falecidos. RIP!!!

Celebração e memória
dos Cavaleiros do Norte!

A concentração dos «ccs´s»  foi no adro da Igreja de Rans, a terra natal do orga-
nizador Joaquim Moreira (de sinal +!...), e onde foi celebrada missa de memória e acção de graças, presidida pelo padre
O furriel Viegas fez a evocação dos que,
Cavaleiros do Norte da CCS, já partiram
José, um dos octogenários gémeos Cunha que são padres de Penafiel.
Deu-se o caso de o padre José Cunha ter sido capelão militar, em Angola e em S. Tomé e Príncipe, em meados dos anos 60, e, na homilia, exaltou as virtudes castrenses e os perigos e riscos daqueles que participaram na guerra colonial. 
O Coro Paroquial de Rans abrilhantou, brilhan-
temente, esta cerimónia religiosa celebrativa e, em momento adequado, foram lembrados os Cavaleiros do Norte da CCS que já partiram - em leitura do furriel Viegas.
«Hoje, que é dia 1 de Junho, lembramos que, há 45 anos, foi o terceiro dia da nossa chegada a Luanda e não esquecemos, nunca poderíamos esquecer, os nossos companheiros que já partiram», disse o furriel Viegas, antes de, um a um, evocar nomes, datas e circunstâncias de morte, já em Portugal, de três dezenas de antigos Cavaleiros do Norte da CCS. 
«Não sabemos se mais há, mas nestes simbolizamos a nossa memória por todos eles», disse o (furriel) Viegas. As leituras eucarísticas foram assumidas pelo casal José Augusto Monteiro (furriel)/Fernanda Queirós. (continua)

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