CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 21 de junho de 2019

4 459 - Cavaleiros do Norte no Algarve, 44 anos depois de Angola!

Quarteto de Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 «achados» no Junho algarvio de 2019, todos milicianos
e 45 anos depois de chegarem ao norte angolano do Uíge: furriéis  Dias e Viegas, capitão Castro Dias
e 1º. cabo Jacinto Diogo
Três jovens quitexanas do tempos dos Cavaleiros do
Norte, em 2017: as irmãs Lurdes e São Morais
e, ao meio, Carla Gaspar

Os dias de Junho de 2019 foram tempo de encontro de 4 Cavaleiros do Norte por terras do Algarve. De férias, os «zalala´s» Castro Dias e João Dias e, da CCS, o quitexano Viegas. Anfitrião, o 1º. cabo Jacinto Diogo.
Davide de Oliveira Castro Dias, capitão miliciano, foi comandante da 1ª. CCAV. 8423, que jornadeou pela mítica Fazenda de Zalala, depois por Vista Alegre (e Destacamento da Ponte do Dange), pelo Songo e Carmona, onde se aquartelou na ZMN. João Custódio Dias foi furriel miliciano de Transmissões desta subunidade do BCAV. 8423. Viegas, foi furriel miliciano de Operações Especiais (Rangers), do PELREC da CCS que esteve no Quitexe e em Carmona.
O 1º. cabo Jacinto Sebastião Gomes Diogo, algarvio de Odeleite, em Castro Marim, foi escriturário do Comando de Sector do Uíge (CSU) e companheiro da comissão uíjana desde que o BCAV. 8423 se instalou em Carmona. Agora, é empresário do sector da restauração, afamado pelo seu «O Jacinto», na Quar-
teira, onde agora se «aquartelaram» estes quatro Cavaleiros do Norte.
As memórias da jornada carmoniana fluíram durante o demorado almoço da Quarteira, refrescando histórias de um tempo irrepetível (e inesquecível) das nossas vidas e que foi pormenorizado sem quaisquer constrangimentos, antes com muita, viva e sentida saudade.

Velho da «quartel» Aldeia
capturado e... libertado !

Os tempos de há 45 anos eram bem diferentes pelas terras uíjanas do norte de Angola: a 21 de Junho de 1975, estava-se no segundo dia da Operação «Castiço DIH».
Durante esta e no decorrer da Acção «Colibri 310», «foi capturado um velho do «quartel» Aldeia, o qual, depois de interrogado, porque manifestou o desejo de voltar à mata, foi posto em liberdade».
O livro «História da Unidade», do BCAV. 8423 e de que nos socorremos, expli-
ca que foi posto em liberdade «de acordo com o panorama de aproximação pretendido e com vista a constituir exemplo de que as NT procuram uma so-
lução diferente da anterior para o caso de Angola».
Foi um grupo do PELREC, comandado pelo furriel Viegas, que o foi «levar» à picada que, saindo do Quitexe e passando pelo cemitério,  seguia para a Fazenda Luísa Maria e Camabatela.
A Irmã Maria Augusta, à esquerda, seguida de NN e dos
 alferes milicianos Pedrosa, Hermida, Pedrosa, Simões,
Cruz, Ribeiro e Garcia. À frente, o padre Albino Capela

Irmã Maria Augusta
faleceu há 13 anos! 

A Irmã Maria Augusta Vieira Martins,
religiosa da Congregação da Obra da Imaculada Conceição e Santo António, missionou no Quitexe com seu irmão, o padre Albino Capela, da Ordem dos Frades Menores Capucinhos. Faleceu a 21 de Junho de 2006, há 13 anos e vítima de doença cancerosa, em Lisboa e aos 73 anos!
Era a mais velha de 9 irmãos, naturais da Carvalheira, em Terras do Bouro, no Gerez, e iniciou a sua vocação de religiosa na Congregação da Obra de Santa Zita, da qual passou para a da Imaculada Conceição e Santo António. Continuou em Angola depois da independência, até pouco tempo antes do seu falecimento. Hoje a recordamos com saudade! RIP!!!
São Morais em 1974

São Morais, do Quitexe,
61 anos em Águeda! 

A idade de uma senhora não se diz, mas a juventude de São Morais pode aqui ser mostrada nos magníficos 61 anos que festeja a 22 de Junho de 2019.
António da Conceição Corga Morais, é este o seu nome de baptismo, era uma das duas irmãs Morais do Quitexe, a outra era Maria de Lurdes, agora enfermeira do Hospital Garcia de Horta, em Almada. Ao tempo, estudavam em Carmona e ao Quitexe voltavam nos fins de semana, participando nas inesquecíveis reuniões de jovens da Missão do Padre Albino Capela. Com a Carla Gaspar, a Adelaide Fernandes, outras uíjanas de Angola.
Ligada ao sector de restauração e radicada em Valongo do Vouga, no municí-
pio de Águeda, de onde os pais eram naturais (ambos já falecidos), casada (ganhando o apelido Ribeiro Teixeira) e recentemente avó, para lá, e para ela, vai o nosso abraço de parabéns!

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