CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 6 de julho de 2019

4 745 - A Dussol do Quitexe, a mentalização dos povos e dos camionistas...

As irmãs Morais, Maria de Lurdes, à esquerda (enfermeira do Garcia da Horta) e Antónia da Conceição (São,
à direita, empresária em Águeda), ladeando Carla Gaspar, funcionária pública em Sines. Três adolescentes
quitexanas do tempo dos Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª. CCAV. 8423, em 1974/75. Já lá vão 44/435 anos
Quitexe, a avenida, ou Rua de Baixo, imagem de Setembro
 de 2018. A antiga messe de oficiais (entre a árvore e o can-
deeiro), onde nasceu Carla Gaspar, a Casa dos Furriéis
 e Secretaria da CCS (edifício da direita)

A vida trouxe, não casualmente, o achamento de Carla Gaspar, uma das adolescentes que, nos anos de 1974/75, iluminavam os chãos e os céus do Quitexe. Qualquer Cavaleiro do Norte dela se lembra, da Dussol, a Carla..., e de outras belezas do chão uíjano.
Carla era, ao tempo, estudante em Car-
mona, filha do casal Amélia/Carlos Gas- 
O casal Morais, do Quitexe, nos anos 70:
Esmeralda Corda Vidal e José Morais
com um militar português
par e sobrinha-neta do mítico fazendeiro Ricardo Matos Gaspar (RIMAGA), fundador, por exemplo, das Fa-zendas de Zalala e de Pumbaloge. «Nasci na casa que era a vossa Messe de Oficiais, que era de meu tio Ricardo», disse-nos Carla, que agora, vivendo em Vila Nova de Santo André, é quadro profissional do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Sines.
Carla era... a Dussol, aos olhos dos Cavaleiros do Norte. Dussol, uma marca angolana de re-
frigerantes bem sumarentos, saborosos..., em garrafa de vidro, esguia e desejada, servida em frescura de cios que aligeira-
vam desejos. Carla era, assim e para os jovens Cavaleiros do Norte, a miss Dussol, e disso se riu ela, agora, surpreendida..., por não saber  como, ao tempo, foi popularizada na gíria militar.
A conversa com Carla avivou memórias de outros actores da vida quitexana de há 45 anos. Por exemplo, gente de negócios: os vizinhos José Morais e Carlos Gaspar da Rua de Cima (a Estrada do Café), o Guedes, os Castros da serração, os Irmãos Santiago, os Rei (no singular), o António do Talho, os restaurantes do Josué Pacheco (e Maria Lázaro), do Manuel Topete e do Rocha, o Dias (mecânico), por aí fora... Outros, outros e outros!
Mais novos, de sangue a ferver, as irmãs Morais (São e Lurdes), o 4 irmãos Ro-
drigues e o seu Ford Capri (o médico Zé Carlos, o Vasco da PT, em Viseu, o Antero das Estradas de Portugal e a Natália), os irmãos Henrique e Evaristo (dos medicamentos), os irmãos Santiago (que andam por VN de Gaia), o Nélito da Chandragoa, agora em Sines, e o irmão (que está por França). A Lai-Lai de Luísa Maria, a Lídia (filha do Nelson da Casa Morais), por aí fora!
Obrigado, Carla!
Valeu a pena (re)viver aqueles distantes dias da saudosa Quitexe! Vale sem-
As casas do fazendeiro Carlos Gaspar e do co-
merciante José Morais, na vila do Quitexe de
1974775, na Rua de Cima / a Estrada do Café
pre a pena, quando é grande a alma, enorme a saudade e grávida a emoção de recuar a tem-
pos mais adolescentes das nossas vidas! 


Cavaleiro do Norte da CCS: 1ºs. cabos Vas-
 quinho e Miguel, furriéis milicianos Francisco
Dias e Monteiro e, em baixo,o 1º. cabo Pires
Francisco Dias

Dias, furriel da CCS,
67 anos no Porto !

O furriel miliciano Francisco Dias, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 6 de Julho de 2019.
Francisco José Brogueira Dias, de seu nome completo, foi especialista como vagomestre dos Cavaleiros do Norte do Quitexe, depois também em Carmona, e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se na sua residência da Costa Cabral, no Porto. 
Foi louvado porque «sempre procurou, com o melhor espírito de trabalho e dedicação, tornear todas as dificuldades surgidas na sua ingrata missão de providenciar e orientar a alimentação do pessoal». O louvor considera-o, também, militar «disciplinado, humano, cuidadoso na elaboração da escrita inerente às suas funções», o que «muito contribuiu para o cumprimento da missão do seu comandante».
Profissionalmente, fez carreira como funcionário bancário e, já aposentado, mora em Rio Tinto, no município de Gondomar mas mesmo ao lado do seu Porto, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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