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Cavaleiros do Norte da CCS. todos 1ºs cabos: Luciano Gomes (mecânico de armamento ligeiro), Ezequiel Sil- vestre (atirador de Cavalaria) e Vitror Vieira (auxiliar de serviços religiosos, o sacristão) |
O dia 12 de Julho de 1975, pelas bandas de Carmona, foi tempo de início de um «período de prevenção simples», que acabou no dia 18 e foi motivado pelas escaramuças da FNLA, que se achava senhora da guerra no Uíge, depois de ter «corrido» o MPLA durante os graves incidentes e combates da primeira semana de Junho.
As provocações repetiam-se, assim como veladas ameaças. «Houve que aguentar a provável ressaca da FNLA, face aos seus desaires em Luanda, Salazar e Malanje», lê-se no Livro da Unidade - o BCAV. 8423.
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A parada do BC12, vista da varanda do Comando. Ao fundo, o refeitório e cozinha (à esquerda) e as oficinas |
riram graves acusações num comício de Carmona. E no Negage, imagine-se, cercaram o quartel da CCAÇ. 4741 - pedindo armas, para não se dizer que as «exigiam». No mesmo dia, impediram a saída de uma coluna (MVL) para Luanda - «operação» que repetiram a 23 desse Julho de 1975.
A 15, em Carmona e ao Comando dos Cavaleiros do Norte, quiseram («exi-
giram») armas que o BCAV. 8423 retia (em depósito) no BC12 e que tinham pertencido a outras forças portuguesas - casos da OPVDCA e dos Flechas, presumidamente também dos já extintos GE's.
Não foram fáceis estes tempos da nossa jornada africana do Uíge angolano!
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Notícia do Diário de Lisboa de 12 de Julho de 1974, sobre os incidentes de Luanda |
Calma em Luanda,
depois de 3 mortos
e 27 feridos
Um ano antes (em 1974) e depois dos inciden-
tes provocados pela morte do taxista europeu (branco), em Luanda, «o ambiente na cidade era de sossego». A maioria da população ape-
nas deles (dos incidentes nos Bairros do Cazenga e da Cuca), apenas deles soube e segundo relatava o Diário de Lisboa, pela «leitura dos jornais».
«A polícia e o Exército tomaram imediatamente rigorosas medidas de segu-
rança nalguns bairros do subúrbio, para evitar actos de retaliação», adiantava o jornal vespertino de Lisboa - há precisamente 43 anos.
Soube-se, entretanto, a identidade do taxista assassinado e com vestígios de estrangulamento: António Salgado, natural de Bragança. O cadáver foi encontrado dentro do táxi, junto à cápsula de uma bala e conservando o dinheiro e documentos. Daí, concluir-se que o móbil do crime não foi o roubo.
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Luís Machado, sargento ajudante do BCAV. 8423 |
Machado, sargento-ajudante,
faleceu há 17 anos !
O sargento ajudante Machado, da CCS do BCAV. 8423, faleceu a 12 de Julho de 2000, de doença e em Évora.
Luís Leite Ferreira Machado, ao tempo com 54 para 55 anos - nascido a 15 de Maio de 1920 -, era, presumidamente, o mais velho entre todos os Cavaleiros do Norte. Trabalhava na Secretaria do Comando, chefiada pelo tenente Luz, e era respeitadíssimo por toda a guarnição e, em particular, pelos furriéis milicianos que com ele partilhavam o bar e a Messe da Sargentos do Quitexe.
Voltou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e continuou a carreira militar. Fale-
ceu há precisamente 17 anos, aos 80 de idade e de doença, na sua Évora natal, e hoje o recordamos, evocando-o com saudade!
RIP!!!
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