Combatentes e militantes da FNLA e do MPLA em Vista
Alegre, em data imprecisa de 1974/75 ainda no tempo do
aquartelamento local da 1ª. CCAV. 8423
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Os movimentos de libertação de Angola, pelos tempos de há 45 anos e no solo uíjano do norte, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, continuavam, com mais ou menos facilidade, a sua instalação no território.
E continuavam, nalguns casos, ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando
delegações políticas - que, na prática, acabavam por ser mini-aquartelamentos, bem o sabíamos.
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no livro «História da Unidade», o BCAV. 8423.
E continuavam, nalguns casos, ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando
A Casa dos Furriéis no Quitexe em 1974/75 |
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no livro «História da Unidade», o BCAV. 8423.
«Adivinha-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predomina a FNLA. No entanto, não se tem verificado actos que possam preocupar as suas actividades», sublinha(va) o HdU, acrescentando que tais actividades «começaram também a entrar junto das populações europeias, que continuam pensando com reservas sobre o seu futuro, mas aceitando de bom grado, pelo menos aparente, a presença efectiva daqueles movimentos». Da UNITA, nem se falava. Era um movimento de libertação ausente do norte angolano.
O governo Provisório
e os movimentos
O Governo Provisório de Angola, também há 45 anos, «refuta(ou) energicamente as acusações feitas em Kinshasa (...) sobre o caso dos 2000 refugiados catangueses que desde 1963 se encontram em Angola e recusaram regressar ao Zaire, apesar da amnistia concedida pelo presidente Mobutu».
Os ditos refugiados estavam maioritariamente «instalados no distrito da Lunda, constituíram família, vivendo ordeiramente», segundo relatava o Diário de Lisboa, citando um comunicado do Governo Provisório, acrescentando que «foi livremente que tomaram a decisão de não voltar ao Zaire e preferindo continuar a trabalhar em Angola».
Estes acontecimentos chegavam ao Uíge - ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, Vista Alegre e Ponte do Dange? Não chegavam oficialmente e deles (e de outros) apenas tínhamos conhecimento através da imprensa, em particular pelo jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual Jornal de Angola -, que regularmente chegava ao Quitexe.
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