5 578 - MPLA na ofensiva a Carmona e a ocupar Aldeia Viçosa, após violentos combates!|

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todos furriéis milicianos: António Flora, Luís Costa
 (Morteiros),Agostinho Belo, Francisco Bento e Joaquim Abrantes, em momento de
 relaxe, no bar e messe de sargentos do Quitexe

Notícias de Angola de há 46 anos, sobre a
pressão do MPLA sobre Carmona e Uíge

 

O Diário de Lisboa de 9 de Outubro de 1975, há 46 anos (ver ao lado), noticiava «violentos combates entre forças do MPLA e da FNLA (...) a 70 kms. de Carmona e a uma centena de Luanda, na zona do Úcua».
Eram dois pontos importantes na Estrada do Café, a rota de asfalto que, de Luanda, chegava a Carmona e, já na área de acção do BCAV. 8433, passava pela Ponte do Dange e Vista Alegre (onde, depois de Zalala, esteve a 1ª. CCAV., a do capitão miliciano Davide Castro Dias), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.  8433, a do capitão miliciano José Manuel Cruz) e Quitexe (a CCS e do comando do BCAV. 8423), a escassos 40 quilómetros antes de Carmona, a capital do Uíge (e com este nome, desde a independência)  - as terras dos Cavaleiros do Norte (mais as fazendas Zalala da 1ª. CCAV. e Santa Isabel, da 3ª. CCAV., e os destacamentos de Luísa Maria e Liberato).

A ofensiva das FAPLA do MPLA intensificava-se contra o ELNA da FNLA, naquele o importante centro cafeeiro de Angola e «principal reduto da FNLA», e o Diário de Lisboa dava conta que «tudo indica(va) que  a ofensiva rumo a Carmona tem progredido com êxito, enquanto m Úcua a sorte da batalha foi favorável à FNLA» de Holden Roberto que, ainda segundo o DL, «teria conseguido ocupar a vila».

Enquanto do isso, Samba Caju e Aldeia Viçosa, «dois pontos estratégicos das ligações rodoviárias de ligação de Carmona com o sul do território, estão em poder do MPLA». Iso, e continuamos a citar o DL, «depois de violentos combates que decorrerem nos últimos dias».

Assim ia o processo de independência de Angola, a 33 dias do histórico 11 de Novembro de 1975. Com cada movimento «a tentar assegurar o controlo de novas posições». Os Cavaleiros do Norte já desde meados de Setembro estavam em Portugal e da UNITA é que não se falava, por esta altura.

O furriel Jorge Barata. alferes Lains dos
Santos e furriel Américo Rodrigues
em Zalala, no ano de 1974

Jorge Barata
(anos 1990

A morte, há 23 anos, do 

furriel Barata de Zalala!

O furriel miliciano Jorge António Eanes Barata, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, faleceu há 24 anos, a 11 de Outubro de 1997, vítima de doença e em Alcains.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, obtida na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, integrou a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, Vista Alegre, Songo e Carmona. Regressou a Portugal e a Alcains no dia 9 de Setembro de 1975, depois da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano. Por lá continuou, trabalhou na área da contabilidade, jogou futebol no Desportivo de Castelo Branco e no Alcains.
A 10 de Outubro de 1997, passou normalmente o dia, mas foi vítima de um enfarte do miocárdio. Na véspera, ainda treinara futebol e jantara tranquilamente com a família. Depois, sentiu-se mal e foi levado ao hospital mas faleceu no dia seguinte, às 7 horas da manhã.
Deixou viúva, um filho e uma filha, a quem enviamos o nosso abraço solidário.
Até um destes dias, grande Barata!!! Aqui te recordamos com saudade!
Ver AQ

Os 1º.s cabos Jorge, Lourenço
e Hélio, TRMS´s  de Zalala

Hélio de Zalala, 69
anos em Castro Daire!

O 1º. cabo Hélio Rocha da Cunha, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, festeja 69 anos a 10 de Outubro de 2021.
Rádio-telegrafista de especialidade militar, também jornadeou por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona - terras uíjanas do Norte do Angola e durante a sua comissão militar de 15 meses. Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se em Mamouros, freguesia de Castro Daire, município do distrito de Viseu onde ainda mora, já aposentado. Para lá e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!