CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 11 de fevereiro de 2024

7 354 - O emblema o BCAV. 8423! Cavaleiros com incertezas quanto ao seu futuro!

O alferes Barros Simões foi o autor
do emblema do BCAV. 8423

O emblema do BCAV.
8423 foi apresentado
há 50 anos!


O emblema do Batalhão de Cavalaria 8423, «servindo o lema «Perguntai ai Inimigo Quem Somos», pertença das Tradições do RC4», foi conhecido a 11 de Fevereiro de 1974. Há 50 anos!
O desenho final é da autoria do então aspirante a oficial miliciano e futuro alferes miliciano Mário José Barros Simões, atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel.
«O comandante Almeida e Brito sabia que eu trabalhava na área das artes gráficas, deu-me as indicações e desenhei-o», disse Barros Simões, há já algum tempo, quando lhe perguntámos pela forma como foi criado o emblema dos futuros Cavaleiros do Norte.
«Com as dicas recebidas, fui-o aperfeiçoando até ao produto final», explicou este oficial miliciano da 3ª. CCAV. 8423, agora morador nas Caldas da Raínha.
O que se tornou símbolo dos Cavaleiros do Norte!
O emblema foi projetado para «plena identificação com a sua unidade mobilizadora» - o RC4 -, a fundo preto (assim como o guião), «enquanto que as Companhias adoptaram as cores vermelha (a 1ª. CCAV. 8423), a azul (a 2ª. CCAV. 8423) e a castanha (a 3ª. CCAV.)», respectivamente as da Fazenda Maria João (Zalala, do capitão Castro Dias), vila de Aldeia Viçosa (do capitão José Manuel Cruz) e Fazenda Santa Isabel (do capitão José Paulo Fernandes).
A CCS - Companhia de Comando e Serviços, a do capitão António Martins de Oliveira e aquartelada no Quitexe, assumiu, naturalmente, o símbolo/emblema do BCAV. 8423.
O objectivo inicial foi «instituir o espírito de corpo ao BCAV., de modo a que se constituísse num todo coeso, disciplinado e disciplinador», sublinha o livro «História da Unidade».
A 1ª. página do «Diário de Lisboa» 
de 11/02/1976, há 48 anos e dando
notícia do avanço do MPLA no
 sul de Angola


Cavaleiros com incertezas
quanto ao futuro e avanços
do MPLA para o sul!

A terça-feira de há 49 anos foi dia de carnaval, era 11 de Fevereiro de 1975, e os Cavaleiros do Norte do BACV. 8423 continuavam a sua então mais tranquila mas sempre muito expectante jornada pelos africanos chãos do Uíge angolano.
A sua actividade operacional estava limitada a serviços de ordem, patrulhamentos estradais e escoltas a deslocações a fazendas e povos da sua zona de acção.
O mês, para os Cavaleiros do Norte, porém, «caracterizou-se pela incerteza do seu futuro destino», como refere o livro «História da Unidade», sublinhando também que «iria ser considerado a fazer parte das tropas de integração determinadas pelo Acordo da Penina» - o do Alvor.
Dois anos depois, a 11 de Fevereiro de 1976, já os Cavaleiros do Norte tinham regressado a casa e pela Angola independente continuavam os combates. O MPLA avançava no sul do território e, reportava o «Diário de Lisboa», «consolida(va) posições, fazendo crer que em breve dominará a totalidade do território angolano».
A posição portuguesa é que se mantinha renitente, quando ao reconhecimento da República Popular de Angola, declarada a 11 de Novembro de 1975, pelo MPLA, na voz do presidente Agostinho Neto.
«O MPLA avança, enquanto Lisboa parece, por agora, atrasar uma decisão inelutável», resumia o «Diário de Lisboa», na sua edição de 11 de Fevereiro de 1976. Há 48 anos!


Celestino Fernandes

Fernandes da Zalala faz
72 anos em Odivelas !


O soldado Celestino Marques Fernandes, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, festeja 72 anos a 11 de Fevereiro de 2024.
Hoje mesmo e em Odivelas!
Cavaleiro do Norte da Fazenda Maria João, a da mítica Zalala (do Grupo RIMAGA) e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona (actual cidade do Uíge, capital da província do mesmo nome), integrou o 1º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano Mário Jorge de Sousa, dos Rangers (e falecido a 26/01/2021, de doença) e é natural de Borda da Ribeira, freguesia do concelho de Vila de Rei. 
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua terra natal e no final da sua jornada africana por chãos do norte de Angola, mas actualmente mora em Odivelas, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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