Avenida de Portugal, em Carmona, no tempo dos Cavaleiros do Norte (1974)
O papel de arbitragem atribuído à Forças Armadas Portuguesas era regularmente posto em causa, como ppor aqui já foi dito, e muitas vezes (ou todas) sem se entender muito bem porquê. O que pareceria ser de entendimento simples, transformava-se facilmente em «enorme dificuldade». «A actuação das tropas (...) viu sempre escolhos diversos a vencer, viu e sentiu ameaças, foi alvo de vexames, mas sobretudo foi sempre apelidada de partidária e, consequentemente, viu as suas actividades mal aceites. ainda que não suscitem quaisquer dúvidas quanto à sua isenção», sublinha-se mo Livro da Unidade.
Os jovens militares do BCAV. 8423 sentiram isso bem, no corpo (por causa das permanentes missões que tínhamos de executar) e na alma - pois não era fácil circular na malha urbana de Carmona e acessos e, permanentemente, ouvir ataques verbais que nos fragilizavam emocionalmente, nos faziam o dia-a-dia tenso. Tudo, e recapitulo do Livro da Unidade, levou a publicamente afirmar-se que os Cavaleiros do Norte estão «a viver uma ilha do mar da FNLA, com todas as inconveniências que daí advém».
Os movimentos não se entendiam e eram os Cavaleiros do Norte a «pagar as favas», nos dias tensos e agitados de Maio de 1975.
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