CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 20 de maio de 2012

1 291 - A primeira operação militar em Angola, há 38 anos!

Parada do Quitexe, com a porta d´armas e o edifício do comando dentro 
do amarelo. Em primeiro plano, `esquerda, a caserna do PELREC. 
Daqui partiam os grupos de combate, para as operações militares



A 20 de Maio de 1974, o Batalhão de Cavalaria 8423 iniciou a sua primeira operação militar em terras do Uíge - a Castiço DIH, na qual participaram todas as subunidades. Hoje se completam 38 anos! «Não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que, salvo uma emboscada sem consequências, no Tabi, só teve por reacção IN a materialização de tiros de aviso», relata o livro da Unidade.
Menos sorte teve a 41ª. Companhia de Comandos, também envolvida na operação, já que um seu soldado accionou uma mina anti-pessoal e viria a perder um pé. Tal facto, de resto, levou-a a retirar «após escassas horas de operação», quando, para ela, «envolveria 8 dias de actividade operacional».

A operação foi sentida de forma intensa e cautelosa, da nossa parte. Era a primeira vez que, em situação real, íamos exercer o que aprenderamos na instrução normal e, mais tarde, no IAO. Recordo, da parte do alferes Garcia, palavras ponderadas e incentivadoras: «Não há melhores soldados que nós e chegou a  hora de mostrarmos, na prática, as virtudes que nos pediram e que saberemos cultivar, aqui no quartel ou nos trilhos e picadas das matas que vamos conhecer». Palavras parecidas com estas, que o Garcia terminou com o grito dos «ranger´s": Yáááááááá!!!!
O Soares (na foto, comigo, em baixo), que era de nós todos provavelmente, o mais «refilão» e incontido, deixou escapar um surdo «filhos da p...., fod...-se, pretos dum car..., fod... os todos!!!», que eu mesmo lhe desvalorizei com um ríspido «esteja calado, », que o deixou fulo comigo.
«Ó furriel, pá.... o que é que nos vai acontecer?», perguntou-me, com alguma angústia. «Vamos embora», disse-lhe eu. E fomos. E voltámos! Sem problemas!
- SOARES. Fernando Manuel Soares, 1º. cabo de Reconhecimento e Informação, servindo como atirador do PELREC. Natural de Lisboa. Ver AQUI.
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