O Clube do Quitexe, onde os Cavaleiros do Norte (Junho de 1974)
reuniam com a Comissão Local de Contra-Subversão, população civil, comerciantes,
autoridades da vila e autoridades tradicionais, para falar do Programa do MFA
A 17 de Junho de 1974 - já lá vão 38 aninhos, passados ontem! -, o comandante do Batalhão de Cavalaria 8423, tenente coronel Almeida e Brito, teve uma reunião com a comunidade civil do Quitexe, no Clube e «com vista a preparar e mentalizar as populações para o Programa do MFA».
Ao tempo, de resto, fez «variadíssimas reuniões de trabalho» para esse mesmo efeito. E compreendiam-se: havia muitas dúvidas sobre o programa e muitas mais quanto ao futuro dos residentes, naturais ou principalmente dos metropolitanos. A Comissão Local de Contra-Subversão reunia normalmente e nesse dia reuniu, mas até com espírito diferente.
Até aí, agia directamente junto das populações, através de acção psicológica e visando influenciar o seu comportamento, no sentido de promover uma maior fixação no território e de negar o apoio a elementos infiltrados do exterior - o clássico inimigo. Era uma espécie de braço civil não armado (com militares) de apoio às Forças Armadas. Assim era no Quitexe. mas deixou de ser, para os militares explicarem os novos ventos da história.
Os Cavaleiros do Norte tinham chegado a 6 de Junho (ao Quitexe) e só a 14 assumiram a responsabilidade da sua Zona de Acção. Compreende-se, por isso, o ritmo de reuniões com a CLCS (a 19 e 26 de Junho de 1974), com os comerciantes e população da vila (a 17) e as autoridades tradicionais (22 e 29). Anunciavam ao que vinha o Programa do MFA e apresentavam a suas credenciais.
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