Os tempos de Agosto de 1975, entre o cumprimento das obrigações militares que nos retiam no Grafanil e a localização de civis amigos no aeroporto de Luanda - na boleia para Lisboa, através da (que se tornou) famosa ponte aérea -, foram também de convívio aberto.
A casa de Viana, de Manuel Cruz - onde nos alojávamos eu, o Neto e o Monteiro - foi espaço para boas noitadas, entre jogos de cartas, boa conversa e cervejas e camarão. A foto, de uma qualquer noite de Agosto desse ano de 1975, junta 4 amigos de Águeda: o Carlos Sucena, o Gilberto (civil), o Viegas e o Neto. Falou-se de Águeda, do futuro (de então), do quê? Não me consigo recordar, exactamente, por muito que olhe para a foto. E a legenda que tenho apenas indica, com a minha letra de então, um recado para minha mãe: «Como vê, boa disposição não falta por aqui. Come-se e bebe-se do melhor que há. Agora estou em Luanda e estive ontem com o Albano e os irmãos. Estão todos bem».
Infelizmente, e contra o meu costume, não datei a foto, apenas lhe atribuindo o mês. Mas reconheço o local: a sala da casa de Viana e é notória a atenção que todos estamos a dar ao que diz o Neto (o primeiro da direita). Assim se iam vivendo os últimos dias de Angola, entre os cartuchos de guerra que atribulavam a cidade de Luanda e o nosso desejo de regressar «sãos e salvos» a nossas casas, ao chão das nossas terras e ao colo dos nossos afectos maiores.
A casa de Viana, de Manuel Cruz - onde nos alojávamos eu, o Neto e o Monteiro - foi espaço para boas noitadas, entre jogos de cartas, boa conversa e cervejas e camarão. A foto, de uma qualquer noite de Agosto desse ano de 1975, junta 4 amigos de Águeda: o Carlos Sucena, o Gilberto (civil), o Viegas e o Neto. Falou-se de Águeda, do futuro (de então), do quê? Não me consigo recordar, exactamente, por muito que olhe para a foto. E a legenda que tenho apenas indica, com a minha letra de então, um recado para minha mãe: «Como vê, boa disposição não falta por aqui. Come-se e bebe-se do melhor que há. Agora estou em Luanda e estive ontem com o Albano e os irmãos. Estão todos bem».
Infelizmente, e contra o meu costume, não datei a foto, apenas lhe atribuindo o mês. Mas reconheço o local: a sala da casa de Viana e é notória a atenção que todos estamos a dar ao que diz o Neto (o primeiro da direita). Assim se iam vivendo os últimos dias de Angola, entre os cartuchos de guerra que atribulavam a cidade de Luanda e o nosso desejo de regressar «sãos e salvos» a nossas casas, ao chão das nossas terras e ao colo dos nossos afectos maiores.
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