CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

1 940 - Fotos de Angola, Daniel Chipenda e futebol...

Grupo de Cavaleiros do Norte da Secção Auto - os «Ferrugens».
O Gasolinas, ali à esquerda, sentado. O Gateiro parece ser o 
de pernas esticadas. As outras caras são conhecidas, mas «falta»
lembrar os nomes. Quem pode ajudar? 
Daniel Chipenda, em baixo


A calmaria dos dias de Fevereiro de 1975, mesmo desconhecendo-se o seu destino próximo, foi, para os Cavaleiros do Norte, tempo de colher imagens para o futuro. Como a que aqui fica reproduzida, à porta da caserna e com oito homens do parque-auto. 
Estas fotos de circunstância - esta e milhares e milhares de outras -, foram embrulho de muitas promessas de amor enviadas em carta para Portugal. Ou como garantias de que, por lá, tudo ia bem, sem quaisquer problemas. Um familiar, uma mãe, um pai, uma namorada, uma esposa, um amigo, recebia(m) a(s) fotografia(s) e ficava(m) certo(s) que não havia mesmo problemas. 
A 15 de Fevereiro de 1975, Agostinho Neto foi a Cabinda fazer um comício do MPLA, que presidia. Em Luanda, estavam suavizados os embates armados entre militares do mesmo MPLA e da Facção Chipenda. Forças militares mistas (tropa portuguesa, do MPLA, da FNLA e da UNITA) ocuparam instalações da Facção Chipenda. O Hospital de S. Paulo, onde estavam internados homens de Chipenda, era guardado por FNLA e UNITA e desconhecia-se o paradeiro de Chipenda. Já teria abandonado Angola, segundo refere o Diário de Lisboa de há 39 anos.
Chipenda, expulso do MPLA, tinha entrado um mês antes em Angola e admitia-se que, em Luanda, teria 3000 homens armados. Luanda, onde «ocupou várias instalações».
O dia de sábado, o hoje de Fevereiro de 1975, era véspera de um FC Porto-Benfica, para o nacional de futebol da 1ª. divisão. Comandavam os encarnados, com 34 pontos, seguidos dos portistas, com 32 - ao fim de 21 jornadas e quando a vitória valia dois pontos, um o empate e zero a derrota. O relato foi ouvido através da onda média da Emissora Nacional, com golos de Victor Martins e Moínhos (2-0 ao intervalo) e Toni (no 3-0 final). 

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