Pais, Viegas e Emanuel no bar do Rocha,
a mariscar e a cervejar. Bons tempos!
a mariscar e a cervejar. Bons tempos!
Os dias deste tempo de Fevereiro de 75 iam passando, e nós a riscá-los do calendário, expectando-se o que seria a nossa vida na cidade. Para onde iríamos a 2 de Março seguinte. Embora, por esta data desse ano, ainda tal não se soubesse.
Não era despiciendo, tal ponderar. A maioria de nós era rural, sem hábitos urbanos, como seria? Não seria nada de especial, como se veio a ver.
Por estes dias de há 39 anos, já muitos de nós acomodávamos as malas e, nas fugidas à cidade, procurávamos conhecer o BC12. Por lá já passarinháramos antes, em desenfianços mais ou menos «legais», procurando os prazeres do corpo e da alma. Ir para a cidade, seria bom! E era mais um passo na viagem do regresso a Portugal e às nossas casas.
Pelo Quitexe, como se vê na imagem, passavam-se bons dias, abancando ora no Pacheco, ora no Topete, ora no Rocha. Vida boa, sem preocupações operacionais e riscando dias do calendário.
Por este mesma altura, em Luanda, FNLA e UNITA, curiosamente, lançaram um apelo à Facção Chipenda, no sentido de «abandonar a sua existência como grupo armado, para se integrar num dos três movimentos». O outro era o MPLA, de que Daniel Chipenda era dissidente.
Na mesma data, os mesmos FNLA e UNITA, em comunicado conjunto, exigiam a demissão do governador de Moçâmedes, acusando-o de «demasiado parcialismo, a favor do MPLA, em detrimento dos outros movimentos de libertação», para além de «incapacidade manifestada para manter a ordem a paz na área do distrito».
- PAIS. António Lourenço Correia Pais, 1º. cabo radiomontador.
Empresário do sector eléctrico, mora em Viseu, de onde é natural.
- EMANUEL. Emanuel Miranda dos Santos, 1º. cabo escriturário,
da Gafanha da Encarnação (Ílhavo). Está emigrado nos estados Unidos.
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