Edifício a Zona Militar Norte (ZMN) e Comando de Sector
do Uíge (CSU), em Carmona. Comandante Almeida e Brito (em baixo)
do Uíge (CSU), em Carmona. Comandante Almeida e Brito (em baixo)
A 24 de Março de 1975, o tenente-coronel Almeida e Brito assumiu o comando interino da ZMN. E o capitão Themudo o do Batalhão de Cavalaria 8423. Também interinamente e substituindo Almeida e Brito.
O agora coronel aposentado José Diogo Themudo tinha chegado a Carmona dias antes, convidado pelo próprio comandante dos Cavaleiros do Norte a assumir as funções de 2º. comandante. Encontraram-se em Luanda, acidentalmente, e estando vaga a função, acabou por aceitá-la. Estava pela capital angolana sem atribuições, depois de a companhia para que fora mobilizado (em regime de rendição individual) ter regressado a Lisboa.
MPLA e FNLA, na manhã desse mesmo dia 24, há 29 anos, voltaram a envolver-se em tiroteios, que já vinham desde a noite da antevéspera e em bairros suburbanos de Luanda - no Cazenga, no Marçal, Sambizanga e Vila Alice. Já se somavam 11 mortos - dois deles civis - e apesar de, na noite de 23, terem acordado cessar as hostilidades e o regresso dos militares aos seus aquartelamentos, a verdade é que as prolongaram, a partir da Avenida do Brasil.
O tenente-coronel Heitor Almendra, comandante do Sector de Luanda, considerou que a questão era entre os dois movimentos e recusou a intervenção das forças armadas portuguesas. A imprensa de 24 de Junho dava conta da possibilidade de estar em causa o cumprimento do Acordo do Alvor.
Portugal era, obviamente, parte interessada e para a tarde de 24 de Março foi marcada uma reunião do Conselho de Defesa, presidido por Silva Cardoso - o Alto Comissário de Portugal em Angola.
Assim iam os dias do processo de independência de Angola.
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