O edifício do Comando da Zona Militar Norte (ZMN), em Carmona, nos dias de
hoje. Em baixo, cinco furriéis Cavaleiros do Norte: António Flora (3ª. CCAV. 8423),
Luís Filipe Costa (Morteiros). Agostinho Belo (3ª.) , Francisco Bento (CCS) e
Joaquim Abrantes (adido)
Joaquim Abrantes (adido)
Os dias de Carmona, que, com maior ou menor dificuldade, se iam galgando com suficiente segurança, começaram a ganhar outros contornos nos primeiros dias de Maio de 1975.
«Por vezes - relata o Livro da Unidade, o do Batalhão de Cavalaria 8423 -, não se conhecendo nem as razões, ou sequer não se conseguindo distinguir a origem das situações, parece serem passíveis de entendimento fácil tais questões mas, em verdade verifica-se uma enorme dificuldade em fazer vingar o papel de árbitro atribuído às NT como prioritária missão».
A missão das NT era sucessiva e progressivamente apelidada de «partidária e, consequentemente, viu as suas actividades mal aceites, ainda que não suscitem quaisquer dúvidas quanto à sua isenção». Como por aqui já foi dito, não rareavam, bem pelo contrário, os insultos às Forças Armadas Portuguesas, mimoseadas como fascistas, ou colonialistas, ou, mais grave e inesperado (por compatriotas europeus) de cobardes e traidores.
A 5 de Maio de 1975, hoje se fazem 40 anos, e em Luanda, «a situação encontra(va)-se praticamente normalizada». «Durante a noite passada e a manhã de hoje não se registaram incidentes. Também se tornaram raros os actos de banditismo, como buscas ilegais a casas de europeus, ou violências contra pessoas», relatava o enviado especial do Diário de Lisboa, acrescentando que «no entanto, o recolher obrigatório deve manter-se até amanhã».
O recolher obrigatório tinha sido decretado nos últimos dias de Abril (anda eu e o Cruz por lá andávamos, de férias) e, segundo Alexandra Marques («Segredos da Descolonização de Angola», da D. Quixote, 2014), «em 5 de Maio, passou a vigorar som,ente das 23 horas às 6 horas da manhã»
do Pelotão de Morteiros 4281. Aposentado da
SONAE, residente no Estoril.
-ABRANTES. Joaquim Cardoso Abrantes, furriel miliciano
colocado na CCS do BCAV. 8423. Professor aposentado,
residente em Castelo Branco.
- Foto actual da (antiga) ZMN, DAQUI
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