Cavaleiros do Norte no Quitexe, em Setembro 1974. Em baixo, Nelson Rocha,
Francisco Dias e Manuel Machado, três ex-furriéis milicianos da CCS,
Francisco Dias e Manuel Machado, três ex-furriéis milicianos da CCS,
em 1997 (encontro de Penafiel)
Sexta-feira, 10 de Maio de 1974, Destacamento do RC4 no Campo Militar de Santa Margarida. Há precisamente 41 anos! É o último dia do IAO dos futuros Cavaleiros do Norte - que se separam para a última visita às famílias. Para uma espécie de segunda Licença de Normas. A primeira e a oficial, fora de 18 a 28 de Março.
A CCS tinha viagem marcada para 27 de Maio (afinal, adiada para dois dias depois, a 29) e estavam «mortas» as (in)fundadas esperanças de já não irmos para a jornada africana de Angola - muito badalada, por esse tempo imediatamente pós-revolução.
«A licença é um período de repouso dado a todos os que vão combater no ultramar (...), não é mais que um período de transição entre o soldado na prestação normal do serviço militar e aquele em que esse mesmo soldado ultima a sua preparação para o combate», era, sumariamente, a mensagem do comandante Almeida e Brito.
«Recorda-te de tudo o que pedimos sobre aprumo e atavio, pontualidade e vontade firme, dedicação e interesse, disciplina e respeito total», acrescentava o comandante na nota entregue aos soldados, lembrando também que «as exigências, ensinamentos e exemplos dos teus superiores são princípios que de tens de seguir, de compreender, pois são essas afirmações que te levarão a, como já um dia te disse, querer e saber e vencer».
Foi neste clima, reporto do livro «História da Unidade», que o BCAV. 8423 «se preparou para desembarcar em Angola, para rumar ao subsector que lhe foi destinado e no qual irá procurar a «querer e saber vencer» cumprir a sua missão». Ainda não sabíamos que o Quitexe seria o nosso destino angolano. E Zalala! E Aldeia Viçosa. E Santa Isabel.
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