Cavaleiros do Norte no Quitexe. Atrás, do lado esquerdo, os furriéis milicianos Pires e
Costa (dos Morteiros). Depois, Graciano e Fernandes (3ª. CCAV.) e Rocha (CCS). Na fila
do meio, Cardoso, Grenha Lopes e Flora, tapado pelas mãos do Fernandes (todos da 3ª.)
e Viegas (CCS). Depois, Abrantes (com cachimbo na mão), Rabiço (3ª.), NN (tapado
pela mão do Bento, parece ser o Lajes, do bar) e Bento (CCS). À frente, Ribeiro (3ª.). De pé, do
lado direito. 1 º. sargento Francisco Marchã (3ª.).
A 19 de Maio de 1975, o jornal A Província de Angola (ao tempo, muito afecto à FNLA) dava como certo «o regresso de Holden Roberto a Angola». Ao mesmo tempo, previa, para 1 de Junho, a realização da cimeira entre os três movimentos.
Iam duvidosos os tempos. Em Luanda, segundo o Diário de Lisboa, «o espectáculo do aeroporto é verdadeiramente impressionante, com os europeus a saírem em massa».
«O êxodo assume proporções gigantescas. Enquanto nos primeiros quatro meses deste ano, de Janeiro até fins de Abril, saíram cerca de 5000 pessoas, na semana que findou abandonaram Angola aproximadamente 4000 portugueses», noticiava o Diário de Lisboa de há 40 anos, dia 19 de Maio de 1975.
Agostinho Neto, presidente do MPLA (na foto), em declarações ao jornal O Comércio, de Luanda do mesmo dia, considerava que, esta fase e para muitos deles (colonos portugueses) era «o acordar inevitável do dia que nuca esperaram».
«O técnico angolano que foge para Portugal neste momento, pensando voltar quando houver calma, está a trair os interesses do seu país, e os técnicos estrangeiros que se portam da mesma maneira, caem em igual oportunismo, não sendo portanto amigos de Angola», sublinhou o presidente do MPLA.
Os Cavaleiros do Norte, no Uíge angolano, continuavam a sua missão, sem sujeições e facilidades, mas, escrupulosamente, cumprindo o seu dever de garantes da ordem e da justiça, da segurança de pessoas e de bens.
Foto de Joaquim
Abrantes
Foto de Joaquim
Abrantes
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