CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 3 de outubro de 2015

3 272 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos (8)

Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa em Salvaterra de Magos, a 26 de Setembro 
de 2015, no 15º. convívio: Soares, Freitas Ferreira, que será o organizador do 
encontro de 2016 (furriel miliciano), Estevão Neto (padeiro) e Carvalho de Sousa (alferes)


Oficiais da 2ª. CCAV. 8423, com o o alferes
milicianos António Albano Cruz, da CCS (o
segundo, da direita): alferes Domingos Carvalho,
capitão José Manuel Cruz e alferes João Carlos
Periquito, De cócoras. o alferes Jorge Capela
A 2ª. CCAV. 8423, que há uma semana esteve reunida em Salvaterra de Magos, era comandada pelo capitão José Manuel Cruz, oficial miliciano e de Ovar. Com quatro alferes milicianos: João Machado, de Operações Especiais, os Rangers (que interinamente comandou a guarnição) e os atiradores de Cavalaria Domingos Carvalho de Sousa, Jorge Manuel Capela e João Carlos Periquito. Este, foi o único que não esteve no convívio. Mais tarde, também fizeram parte da companhia os alferes milicianos atiradores Manuel Meneses Alves (chegado em Fevereiro de 1975 e falecido a 15 de Maio de 2013, em Leiria e por doença) e Fernando António Morgado Ramos (em Maio do mesmo ano, agora advogado em Vila Nova de Foz Coa).
José Manuel Costa (furriel) e João
Machado (alferes), dois Cavaleiros
do Norte de Aldeia Viçosa
em Salvaterra de Magos
O 1º. sargento era  Fernando Mendes Pereira Norte, já falecido. Em Abril de 1975, chegou à Companhia, o 2º. sargento enfermeiro Manuel Alcides da Costa Eira, de Vila Real. Furriéis milicianos eram António Carlos Letras (Operações Especiais, os Rangers), António Cruz, José Freitas Ferreira, Amorim Martins, Mário Matos, João Brejo, José Fernando Melo, Rafael Ramalho, José Manuel Costa, José Gomes e António Artur Guedes (todos atiradores de Cavalaria), Abel Mourato (vagomestre), António Augusto Rebelo (transmissões) e António Chitas (armamento pesado). Mais tarde, chegaram os atiradores Jesuíno F. Pinto (em Agosto de 1974) e Mário Soares (em Novembro do mesmo ano).
A 3 de Outubro de 1974, hoje se fazem 41 anos, a Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) reuniu no Quitexe. Eram encontros habituais de trabalho, entre as lideranças militar e civil (e agentes locais), para a analisar a situação da zona. As CLCS agiam directamente junto das populações, através de acção psicológica e com o objectivo de influenciar o seu comportamento, para uma maior fixação no território e negar o apoio a elementos infiltrados.
Notícia do Diário de Lisboa de 3 de Outubro
de 1974, sobre a situação em portugal e em
Angola, com declarações do Alto Comissário
Rosa Coutinho
O dia, já em Lisboa, foi tempo para Rosa Coutinho, o Alto Comissário de Angola, confirmar que «tinham sido presos em Luanda meia dúzia de indivíduos suspeitos de ligação com os reaccionários que, em Lisboa, se preparavam para derrubar a democracia». Sobre Angola, comentou que «mantém-se a serenidade e foi com muita calma que (a colónia) tomou conhecimento da intentona». 
Piores estavam as coisas, um ano depois, a 37 dias da independência. Decorria a Cimeira de Kampala, no Uganda, e os três movimentos não se entendiam - extremando posições. De Lisboa, a  30 de Setembro, tinham partido 110 paraquedistas, voluntários, que foram integrados no Batalhão de Caçadores Paraquedistas nº. 21, em Luanda. A Marinha continuava a «prestar auxílio a traineiras que abandonaram Angola com refugiados, rumo a Portugal». Em Nova Lisboa, era véspera da conclusão da ponte realizada pela Força Aérea Portuguesa, para evacuar colonos. Começara a 4 de Agosto e já transportara mais de 40 000 brancos. Para Luanda e a caminho de Lisboa. A zona, ao tempo, estava «ocupada»  pela FNLA e UNITA.
O Órgão Coordenador do MPLA para a Europa apresentou-se em Lisboa, na manhã de 3 de Outubro de 1975, e exigia que Portugal entregasse Angola ao movimento presidido por Agostinho Neto. «Lançamos um apelo ao Governo Português: que  Angola seja entregue ao único movimento de libertação, o MPLA», frisaram os seus dirigentes.

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