CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 14 de fevereiro de 2016

3 306 - Passeios às Quedas Duque de Bragança e conflito MPLA/Chipenda

O mês de Fevereiro de 1975 foi tempo de excursões às famosas Quedas 
do Duque de Bragança. A imagem mostra um grupo da 3ª. CCAV. 8423, 
incluindo o alferes Carlos Silva (assinalado a amarelo)


O furriel José Pires, de Transmissões, em
passeio turístico nas Quedas do Duque de
Bragança,em Fevereiro de 1975


O tempo de jornada africana do Uíge angolano foi, também, tempo de passeios turísticos. promovidos pelo oficial de Acção Psicológica - o alferes António Garcia, que substituíra o alferes José Leonel Hermida, que saiu do BCAV. 8423.
(...) foi possível ao BCAV. pensar em realizar passeios de fim-de-semana para alguns dos seus militares, nomeadamente a Malange, aproveitando ainda para mostrar Duque de Bragança, Cacuso e, em alguns casos, Salazar», reporta o Livro de Unidade. 
Duque de Bragança era (é) terra das famosas Quedas do Duque de Bragança (conhecidas por Quedas de Kalandula, desde a independência de Angola) e foi visita de sucessivas «excursões» de berliets militares dos Cavaleiros do Norte.  iniciativa «foi do maior agrado», como reata o Livro da Unidade, e de tal forma que «teve extensão a todas as subunidades, servindo de molde a outras unidades da ZMN».
As quedas de Kalandula ficam no rio Lucala, o mais importante afluente do Kuanza, e a 420 quilómetros de Luanda. Têm 410 metros e 105 de altura, sendo as segundas maiores de África.
Titulo do Diário de Lisboa, sobre os
incidentes MPLA/Facção Chipenda de
13 de Fevereiro de 1975
Iam tranquilas as coisas pelo Uíge, mas sangrentas por Luanda, onde morreram pelo menos 20 pessoas e muitas ficaram feridas nos combates entre ao MPLA e a Facção Chipenda - depois de, na madrugada do dia 13, as FAPLA terem cercado a Delegação dos dissidentes. Aparentemente, não seria para atacar mas para, segundo o Diário de Lisboa, «levar o Governo de Transição a tomar medidas adequadas para neutralizar a Facção Chipenda».
O Governo de Transição, porém, e em comunicado oficial, fala de «ataque (das FAPLA, do MPLA) às instalações do grupo armado de Chipenda em vários locais da cidade» e que «destas acções resultaram baixas para ambas as partes, cujo número não é ainda possível fixar-se». E resolveu «através de inquérito, estabelecer as responsabilidades e tomar as medidas que se impõem, para a solução deste conflito».
As tropas portuguesas,,reportava o Diário de Lisboa, «guardam agora as instalações semi-destruídas da Facção Chipenda e a vida regressou à normalidade».
O mesmo DL relatava nesse 14 de Fevereiro de 1975 que «elementos da Facção Chipenda atacaram um hospital do MPLA e mataram 5 enfermeiros, mas não foi possível ter confirmação oficial deste incidente». 

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