CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

3 313 - Cavaleiros para Carmona e a independência de Angola

Os alferes milicianos António Manuel Garcia (Rangers) e António Albano
Cruz (mecânico), na Fazenda Vamba, zona de acção dos Cavaleiros do Norte

O furriel José Monteiro e a esposa Nani,
no encontro de Águeda, a 9 de Setembro de 1995



Os dias de Fevereiro de 1975, há 41 anos, iam correndo, já estávamos a 20, e o comandante Almeida e Brito voltou a reunir em Carmona, na Zona Militar Norte (ZMN) e para continuar a preparar a rotação dos Cavaleiros do Norte. Ia ser extinto o BC12, baluarte militar defensivo da cidade, desde 1961, e para lá iriam a CCS e a 2ª. CCAV. 8423.
A 3ª. CCAV. 8423, do capitão José Paulo Fernandes, a da Fazenda Santa Isabel, continuaria aquartelada no Quitexe e a 1ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano Davide Castro Dias, continuaria em Vista Alegre e Ponte do Dange, aguardando «oportunidade de rotação para o Songo».
A mudança, não correspondendo à expectativa maior da guarnição (que era, muito naturalmente, a de voltar a Portugal e aos seus chãos natais) agradava, mesmo assim. Era mais um passo para o regresso, a ida para uma cidade e para o que atraía e oferecia.
O Diário de Lisboa de 20 de Fevereiro
de 1976 anunciava o reconhecimento
de Angola
Um ano depois, já em Portugal e com a independência angolana desde 11 de Novembro de 1975, estava iminente o seu reconhecimento, por Portugal. O Conselho de Revolução (CR) reuniu a 20 de Fevereiro de 1975 e o capitão Sousa e Castro e o comandante Victor Crespo, seus membros admitiam-o como «muito possível para hoje».
«É evidente que a República Popular de Angola é um facto consumado. E se efectivamente os interesses, sobretudo os dos retornados, não são defendidos na situação actual, poderão eventualmente ser defendidos numa situação diferente», disse Sousa e Castro, confirmando, sobre o reconhecimento português, que «o Conselho da Revolução já havia chegado a um consenso», embora não confirmasse se era favorável, ou não!
Mais de três meses depois da proclamação de Agostinho Neto e do MPLA (já não falando das da FNLA e da UNITA), Portugal tardava em reconhecer a independência da sua ex-colónia.

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