CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

3 309 - Visitas a fazendas e povos! UNITA, FNLA e Chipenda!!!

Três Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: os 
furriéis milicianos Amorim Martins (mecânico), Abel Mourato 
(vagomestre) e Mário Matos (atirador de Cavalaria)


O 1º. cabo condutor António Breda e
o 1º. sargento Gualdino (do Comando do
Sector), no Encontro de Águeda, a
9 de Setembro de 1995
O presidente da FNLA afirmou há precisamente 41 anos, que «as dissidências registadas no MPLA deixaram de ser um problema de ordem interna para se transformarem num problema nacional». Holden Roberto, a 17 de Fevereiro de 1975, falava em Abidjan, capital da Costa do Marfim - onde conferenciou com o presidente Félix Houphouet-Boigny -, e anunciou ir pessoalmente «efectuar diligências» no sentido de o problema «ser resolvido de forma fraterna, portanto através do diálogo», não precisou, porém, que dinâmicas iria concretizar.
Ao mesmo tempo, em Luanda, a UNITA, pela voz do secretário geral Miguel Nzau Puna, afirmou «não pôr objecções à adesão do grupo chefiado por Daniel Chipenda à UNITA ou à FNLA». O grupo de Chipenda, recordemos, tinha ido expulso das suas instalações de Luanda, dias antes, por, recordava o Diário de Lisboa, «um ataque desencadeado pelo MPLA».
Estas notícias chegavam com algum atraso ao Uíge, nem sempre com pormenores suficientes para um bom entendimento da situação e normalmente pela imprensa que, tanto quanto me lembro, não era de todo imparcial.
As guarnições do Quitexe (onde aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423), de Aldeia Viçosa (2ª. CCAV. 8423) e Vista Alegre/Ponte do Dange (1ª. CCAV. 8423) mantinha o seu quadro operacional relativamente reduzido, todavia, segundo o Livro da Unidade, «com muitas visitas a fazendas e povos», o que, sublinha este histórico documento, «levava a percorrer a rede estradal á nossa responsabilidade com elevada frequência». Íamos, por esse tempo de Fevereiro de 1975, no 9º. mês de comissão e cada vez mais expectantes quanto ao regresso a casa. Quando seria? Quando? Sabemos agora que só em Setembro desse mesmo ano, após 15 meses de mobilização.

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