CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

3 307 - Cavaleiros em passeio, Chipenda, MPLA e UNITA

Grupo de Cavaleiros do Norte de Zalala, já em Vista Alegre e Ponte do Dange, 
em turismo para as Quedas do Duque de Bragança. De pé,  Almiro Maciel, 
furriel João Dias,  alferes José Lains Santos, furriel Évora Soares (já falecido, 
em Odivelas) Carlos Carvalho e Famalicão. Em baixo, Carlos Costa 
(transmissões) e Fernando Silva (condutor), ambos já falecidos


Furriéis milicianos da 3ª, CCAV. 8423: João
Cardoso e Delmiro Ribeiro (à esquerda), Delmiro
Ribeiro e Luís Capitão  (falecido, por
doença, a 5 de Janeiro de 2010), no encontro de
 Águeda,  9 de Setembro de 1995


A 15 de Fevereiro de 1975, um sábado, os Cavaleiros do Norte da 1ª, CCAV. 8423 - a de Zalala, mas ao tempo já em Vista Alegre e Ponte do Dange - preparavam mais uma viagem turística às Quedas do Duque de Bragança.
Eram tempos pacíficos os que se viviam no Uíge angolano e as guarnições do Batalhão de Cavalaria 8423, cumprindo rigorosamente os seus serviços de ordem, expectavam sobre o seu futuro próximo (quando vamos embora?...) e iam riscando dias no calendário.
O mesmo não acontecia por Luanda, onde, na sequência dos incidentes do dia 13 - o ataque do MPLA às delegações da Facção Chipenda -, forças militares mistas, formadas pelo Exército Português, MPLA, FNLA e UNITA continuavam a ocupar as instalações do Grupo de Daniel Chipenda.
Notícia do Diário de Lisboa sobre a viagem
de Agostinho Neto a Cabinda, há 41 anos.
O Hospital de S. Paulo, por outro lado, estava à guarda da FNLA e da UNITA e onde, segundo o Diário de Lisboa, se «encontra(va)m os feridos, entre eles 7 partidários de Chipenda» - de quem não se sabia o paradeiro, admitindo o DL que «teria já abandonado Angola». Daniel Chipenda, recordemos, tinha sido expulso do MPLA, depois de ter «disputado a chefia do MPLA ao presidente Agostinho Neto». Tinha, entretanto, entrado em Angola, pela fronteira leste, um mês antes e com «cerca de 3000 homens armados».
Um informador militar português, entretanto, desmentiu que a facção Chipenda tivesse atacado um hospital do MPLA. no Luso - como ontem aqui falámos, sob reserva. O Conselho de Defesa de Angola, por sua vez, criticou «a actuação do MPLA, face à neutralização da Facção Chipenda»..
O dia foi também tempo de Agostinho Neto viajar para Cabinda, onde iria presidir a um comício do MPLA. Em Paris, Wilson Santos, chefe da Delegação da UNITA em Luanda e membro do Comité Central, declarou que o seu movimento «quer edificar um sociedade socialista para Angola, para a Angola independente, de acordo com a história e com as realidades do país».

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