CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

3 423 - Carmona reforçada e centenas de mortos em Luanda

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. À esquerda e
de pé, está o furriel miliciano Mário Matos. Quem ajuda a identificar o grupo?
Encontro de Custóias/Maia: Albino
Capela, Neto e Alfredo Coelho (Buraquinho),
este a tapar o capitão Acácio Luz

Albino Capela era o capelão do Quitexe e, desde 1 de Junho de 1996, do encontro de Pombal, que é conviva permanente da CCS dos Cavaleiros do Norte. «Estou aqui com muita, muita alegria!...», afirmou a 4 de Junho de 2016, 20 anos depois e no encontro de Custóias e Maia.
António Albino Vieira Martins Capela missionava na Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe e por lá ficou, ainda depois da saída da 3ª. CCAV. 8423 - a última guarnição da vila-mártir de 1961.
Três Amazonas do Norte no encontro da CCS
de 2016: Afonso Henriques, Neto e Viegas 
Aposentado do ensino e de família constituída, Albino Capela sublinhou na sua oração da Maia que «é importante trazer os nossos filhos, para que entendam o que os pais passaram». Ainda sobre o encontro dos Cavaleiros do Norte da CCS, a 4 de Junho de 2016, sublinhou que «se vamos contentes, daqui, se vamos felizes é porque cada um de nós trouxe e partilhou um bocadinho, uma gota de alegria».
As Amazonas do Norte Brogueira
Dias e Manuel A. Machado
Há 41 anos, o 10 de Junho de 1975 passou despercebido em Carmona, onde a guarnição dos Cavaleiros do Norte «acertava passo» à nova realidade político-militar. E reforçava-se o efectivo, com a gradual rotação da 1ª. CCAV. 8423, pois «era imperioso obter um efectivo que permitisse acorrer a situações semelhantes às vividas na primeira semana do mês» - como refere o Livro da Unidade.
Os patrulhamentos eram permanentes, noite e dia, na cidade e nos principais itinerários, e não havia descanso para os grupos operacionais - que entre si rodavam missões e objectivos. 
As notícias de Luanda é que eram pouco agradáveis, apontando para «a existência de centenas de corpos de homens, mulheres e crianças na casa mortuária, os quais não podem ser enterrados porque não houve ainda possibilidade de os identificar». Pior ainda era que «além disso, há inúmeras vítimas que ficaram abandonadas nos locais dos combates».
O MPLA e a FNLA, depois dos combates de Carmona, também se confrontaram, por estes dias de 1975, em Santo António do Zaire e Malanje. A esse dia 9 de Junho de 1975, «ainda estão(avam) por determinar as suas dimensões e consequências, aguardando-se o regresso (a Luanda) de uma comissão militar mista, que ali se deslocou expressamente» - a Malanje. De Santo António do Zaire apenas se sabia que «as origens dos incidentes ainda não estão determinadas».
A Aldeia Viçosa chegou nesse dia, mas de um ano antes (em 1974), a 2ª. CCAV. 8423, substituindo a do BCAÇ. 4211, que ali se aquartelava. O grupo de combate do alferes miliciano «Ranger» João Francisco Pereira Machado nem desfez malas e logo partiu para o Destacamento de Luísa Maria.

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