CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

3 436 - Comandante na mítica Zalala e testes de futuros Cavaleiros!

Zalala, onde o comandante Almeida e Brito esteve há 42 anos. A equipa 
de futebol: o furriel Eusébio Martins é o terceiro da esquerda, de pé, equipado 
e de bigode (falecido a 16/04/2014, de doença e em Belmonte). Em baixo, o 
furriel Jorge Barata (o quinto e de bigode, falecido a 10/10/1997, de 
doença e em Alcains), seguido do condutor José Romão (Carapau). 
Quem ajuda a identificar os restantes Cavaleiros de Zalala?

Oficiais de Zalala:  capitão Davide Castro Dias (ao
centro), ladeado pelos alferes Pedro Rosa e José Lains
dos Santos, a 4 de Junho de 2016, no encontro do Pombal.
Em baixo, 
Zalala: a mais rude escola de guerra!

A Fazenda Zalala, onde se aquartelava a 1ª. CCAV. 8423, anfitrionou o comandante Almeida e Brito mos dias 23 e 24 de Junho de 1974. Há 42 anos! 
O objectivo foi «o estabelecimento de contactos operacionais», tal como já acontecera no Comando de Sector do Uíge (CSU), em Carmona (a 12, 4 e 20) e na 2ª. CCAV. 8423, no dia em que chegou a Aldeia Viçosa (10), o mesmo da visita a Vista Alegre (à CCAÇ. 4145) e à Fazenda Liberato (à CCAÇ. 209).

A 1ª. CCAV. 8423 era comandada pelo capitão miliciano Davide de Oliveira Castro Dias e a lendária Zalala apontada como «a mais rude escola de guerra». Assim «rezava» a inscrição na parede, à entrada do aquartelamento (foto).
Era domingo, o da noite de folguedo de S. João e véspera do dia deste festivo santo popular, que por lá, todavia, não deve ter sido muito lembrado. Recordemos que, simultâneamente e desde as 4 horas da madrugada de 20, estava no terreno a «Operação Castiço DIG», mobilizando os operacionais do batalhão.
Luanda «acordara» nesse dia com o manifesto do Comité de Acção Política, de apoio ao MPLA e objectivando «a consciencialização das massas trabalhadoras, com vista à independência de Angola». Manifesto assinado por Aristides Van-Dunen, Frederico Colombo, Álvaro de Assis Africano, Noé Saúde, Hermínio Escórcio, Horácio Braz da Silva, Adolfo João Pedro, Arlindo Sousa e Silva, David Aires Machado, Manuel Pedro Pacavira e Roberto Victor de Almeida.

Os signatários do manifesto consideravam que o MPLA era «o legítimo representante do povo de Angola e único interlocutor para quaisquer negociações com o Governo Provisório». Por outro lado, e segundo Aristides Van-Dunen, «combatem quaisquer tendências divisionistas no seio do MPLA, apoiam o dr. Agostinho Neto e são contra qualquer ideia de realização do Congresso» do partido.
Hoje e na imagem ao lado, recordamos a Ordem de Serviço nº. 63, de 16 de Março de 1974, que publicou as classificações de testes de educação física de vários militares do BCAV. 8423, todos eles atiradores de Cavalaria:
- 1ª. CCAV. 8423: José J. P. Murraças, 18 valores; e Franklim S. Ribeiro, 16. Nenhum deles seguiu para Angola.
- 3ª. CCAV. 8423: Jaime F. Reis, 17 valores, não seguiu para Angola; António Manuel da Silva Matias Matias, 16; Raúl Henriques Caixaria, 16, de Sarge, em Torres Vedras; António Carvalho Moita, 17, do Campo de Santa Clara, em Lisboa; José Valdemar Guinote Mendes Antunes, 18, 1º. cabo, do Pragal, em Almada; José António dos Santos Neves, 16 valores, 1º. cabo, da Cerca, em Avelãs de Caminho, de Anadia; João Manuel Lopes Marcos, 16, do Pego, em Abrantes.
Raúl Caixaria e João Marcos foram mais tarde «transferidos» para a CCS (a companhia do Quitexe) e para o PELREC.

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