CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

3 426 - Encontros e desencontros, aerograma de uma mãe...

Alguns dos civis de Carmona que foram recolhidos pelos Cavaleiros do 
Norte e «alojados» na parada do BC12, na dramática primeira semana  
de Junho de 1975. Terão sido na ordem dos 2000!


Manuel Machado (furriel miliciano), Rodrigo
(Buraquinho Júnior) e capitão Acácio Luz no
encontro de Custóias/Maia de 4 de Junho de 2016.

Em baixo, o condutor Abílio Duarte e o 
sapador Afonso Henriques, no mesmo dia e local
Os Cavaleiros do Norte da CCS apontam a zona de Santarém, ou até no RC4, como local do encontro de 2017, que terá o condutor Vicente Alves como mestre de cerimónias. Isto, para favorecer a participação de companheiros localizados mais a sul.
A CCS, na verdade, tem reunido essencialmente a norte: Águeda (várias vezes), Mortágua, Gondomar, Paredes, Santo Tirso, Penafiel... Mais para sul, apenas em Ferreira do Zêzere (2010) e Leiria (em 1996, no último encontro a
nível de Batalhão).

A propósito deste, de novo foi sugerida a realização de um encontro deste tipo, mas nada está decidido por ora. Da parte da CCS, há
disponibilidade mas avançará com o encontro próprio no dia 3 de Junho de 2017. De houver comunhão de interesses, da parte das três outras companhias, certamente que não será difícil chegar a acordo.
Há 41 anos, a imprensa matutina de Luanda dava conta de declarações de Jonas Savimbi, presidente da UNITA, em Abidjan,  então a capital da Costa do Marfim (até 1983), referindo que «só nos incidentes de Abril, em Angola, terão morrido 4000 pessoas».
Cavaleiros do Norte de Zalala, todos milicianos,
no Pombal, a 4 de Junho de 2026: alferes Pedro Rosa,
furriel Victor Velez e capitão Castro Dias
Os movimentos preparavam-se para a Cimeira de Nairobi e, em Luanda, MPLA e UNITA afirmavam que «os ideais dos nossos movimentos são afins». As palavras eram de Manuel Pacavira, dirigente do MPLA, depois de uma reunião realizada na subdelegação deste partido no Bairro Rangel, com elementos do Departamento de Assuntos Sociais da UNITA.
Por via disso, o mesmo dirigente do MPLA comentou que «temos de conjugar os nossos esforços para evitar que  imperialismo de instale no nosso país». Acrescentou Manuel Pacavira, sobre «determinadas dissidências de massa dos dois movimentos», que «ficou decidido por uma pedra sobre o assunto».
A cimeira, porém, é que estava na ordem do dia, mas, segundo a imprensa do dia, «da agenda nada transpirou», porque tal «podia prejudicar os trabalhos».
O dia era 6ª.-feira e, de casa, recebi numa aerograma de minha mãe, já com algum atraso. datado de 9 desse Junho de 1975: «Consta por vá que isso anda muito mau por até e tu escreves dizer que está tudo bem (...). Não sei porque me andas a mentir, deixando o meu coração ainda mais negro, diz-me a verdade...».
Eu tinha-lhe enviado correio, narrando muito sumariamente os dias de Carmona, garantindo-lhe que nada era connosco, mas antes com os movimentos. Não quis acreditar, o que me levou a passar a diários, os dois ou três aerogramas que lhe escrevia por semana.

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