CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

3 527 - Comandante em Santa Isabel e FNLA novamente no Caxito

O comandante Almeida e Brito na Fazenda Santa Isabel. Reconhecem-se
os alferes milicianos Carlos Silva e Jaime Ribeiro, capitão miliciano José
Paulo Fernandes (comandante da 3ª. CCAV. 8423),  tenente-coronel Al-

meida e Brito, dois encarregados e o alferes miliciano  Augusto Rodrigues 

Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa
Isabel: os furriéis milicianos António Flora, Agostinho
Belo, António Fernandes e Alcides Ricardo.
O dia 22 de Setembro de 1974, pelas bandas dos Cavaleiros do Norte, foi de continuação da visita do comandante do Batalhão de Cavalaria 8423, o então tenente-coronel Almeida e Brito, à Fazenda Santa Isabel, onde jornadeava a 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes. Era domingo e muito provavelmente lá pernoitou da véspera, o dia da chegada.
João Pereira Albuquerque (e esposa), fundador da Fa-
zenda Santa Isabel, visitada por Almeida e Brito, há 42
 anos. Tinha mais de 3500 hectares de área de cultura
A visita era de carácter particular, «em convívio de amizade», e Almeida e Brito fazia-se acompanhar de alguns oficiais do Batalhão. No mesmo dia, esteve na Fazenda Minervina. Por igual motivo.
A imprensa desse dia dava conta da chegada de Rosa Coutinho a Luanda, regressado de Lisboa - onde, como presidente da Junta Governativa, reuniu com o presidente António de Spínola. Que, afirmou ele (Rosa Coutinho, citando o PR), o «autorizou a tornar pública a declaração de que decidiu tomar em suas mãos todas as negociações sobre o futuro de Angola».
O dia foi também tempo para, em Kinshasa (Zaire), Holden Roberto, presidente da FNLA, apelar para «a formação de uma frente comum dos vários movimentos de libertação, tendo em vista discutir com as autoridades portuguesas o futuro de Angola».
Um ano depois, o 1º. ministro Pinheiro de Azevedo anunciava para o dia seguinte a primeira reunião do seu Conselho de Ministros, mas ainda não eram totalmente conhecidos os Secretários de Estado do seu VI Governo - devido ao atraso das negociações com os partidos.
Notícia do Diário de Lisboa de 22 de Setembro
de 1975, sobre a situação militar em Angola
Angola continuava e guerra e a FNLA reconquistara o Caxito, a escassos 53 quilómetros de Luanda. O anúncio foi feio pelo major Martins da Silva, porta voz do Exército Português - citando o sábado anterior (dia 20) com o dia da tomada da vila, até aí ocupada pelas FAPLA, o braço armado do MPLA.
A vila era, recordemos, um «ponto estratégico das ligações rodoviárias com o porto de Ambriz e, mais a norte, com Carmona» - localidades onde, sublinhava a France Press, citada pelo Diário de Lisboa, «estão localizadas as duas principais bases da FNLA».
Uma vez mais se falava da «nossa» Carmona, de lá do Uíje, numa altura em que os Cavaleiros do Norte já levavam duas semanas depois do seu regresso a Portugal.

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