CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

3 931 - Acalmia no norte de Angola, as mortes do Carpinteiro, do Catarino e do Tomás!

Os furriéis milicianos Francisco Neto (que há 43 anos veio de férias
a Portugal), Luís Mosteias (falecido, de doença, a 5 de Fevereiro de 2013) e
 Viegas, nas traseiras da messe do Bairro Montanha Pinto, em Carmona
Os 1ºs. cabos João Monteiro (Gasolinas) e Manuel
 Marques, o Carpinteiro, que faleceu, subitamente, a 1 de
 Novembro de 2011, há 6 anos! RIP!!!


A 1 de Novembro de 1974, uma sexta-feira, saiu do Quitexe o furriel Francisco Neto, que veio de férias a Portugal,  em voo de Luanda para Lisboa. Vinha de férias e ao casamento do irmão Manuel Albuquerque. 
Ao tempo, previam-se cada vez mais regulares as apresentações «por parte de elementos dispersos da FNLA, agora já nas categorias elevadas da sua chefatura». Tal acontecia no Quitexe, onde se aquartelava a sede dos
Futebol no Quitexe. De pé, 1ºs. cabos Grácio, Gomes e Miguel,
 Botelho (que hoje faz 65 anos), furriel Miguel, Gaiteiro e 1º. ca-
bo Soares. Em baixo, NN, furriéis Mosteias e Lopes, NN,
furriel Monteiro e 1º. cabo Teixeira (estofador) 
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ora em Vista Alegre - onde, por essa altura, ainda estava a CCAÇ. 4145, comandada pelo capitão Raúl Corte Real. 
Os primeiros dias do mês de Novembro de há 43 anos, no entanto, foram «caracterizados por uma acalmia não encontrada há longos anos». Quase certo, desde que em 1961 começou a chamada guerra colonial - depois do levantamento, em armas, do povo angolano. Acalmia, é verdade, mas sem, porém, se descuidarem «patrulhamentos inopinados», para, assim, «manter a segurança dos itinerários» - nomeadamente na Estrada do Café e nos troços do Quitexe a Aldeia Viçosa e de Carmona ao Quitexe. Noutros troços, actuariam outras unidades militares portuguesas.
Manuel Marques, o
Carpinteiro, em
foto dos anos 2000

Marques, o Carpinteiro, 
1º. cabo faleceu há 6 anos!

O 1º. cabo Marques, o Carpinteiro, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, na saudosa vila do Quitexe, faleceu há precisamente 6 anos: a 1 de Novembro de 2011.
Manuel Augusto da Silva Marques, de seu nome completo, era natural e morava em Esmoriz, concelho de Ovar. Imortalizou-se entre os Cavaleiros do Norte pela sua bonomia e permanente boa disposição e enormís-
sima disponibilidade, sempre com um gracejo na ponta da língua e aberto a qualquer ajuda, a quem quer que fosse, com a sua interminável bondade.
Regressou a Portugal e a Esmoriz no dia 8 de Setembro de 1975 e por lá vez vida, tendo sido comensal de  alguns encontros da CCS dos Cavaleiros do Norte.
A 1 de Novembro de 2011, participou nas cerimónias religiosas da manhã, passou com a esposa pelo café e voltou a casa. Ao abrir a porta, teve morte súbita. Hoje, o recordamos com saudade. RIP!!!
Fazenda Santa Isabel, onde es-
tiveram o Catarino e o Tomás

Catarino e Tomás, da 3ª. CCAV.,
a morte há 34 anos!

O dia 1 de Novembro de Novembro de 1983, há 34 anos, é,  tristemente, o da morte de dois Cavaleiros do Norte, ambos da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel: o 1º. cabo Catarino e o soldado Tomás.
Joel Carlos Gonçalves Catarino era atirador de Cavalaria e natural das Paivas, freguesia da Amora, no Seixal, aonde regressou a 11 de Setembro de 1975 e ali faleceu. Desconhecemos as razões da sua morte.
António Francisco Tomás, soldado atirador de Cavalaria, é outro Cavaleiro do Norte que já partiu. A 1 de Novembro de 1983, foi vítima de uma embolia cere-
bral e deixou dois filhos - o mais novo nasceu 15 dias depois da sua morte. O mais velho tem agora 39 anos. Morava em Maceira, concelho de Torres Vedras.
Hoje os recordamos com saudade. RIP!!! 
Jorge Botelho

Botelho do PELREC, 65
anos em VN de Gaia!

O Botelho, soldado atirador de Cavalaria do PELREC da CCS, no Quitexe, está hoje em festa: comemora 65 anos.
Jorge António Pinto Botelho, assim se chama, popularizou-se como guarda-redes da CCS e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Vila Nova de Gaia. Teve uma vida atribulada, chegou a estar preso, explorou um café, casou várias vezes e tem filhos de duas mulheres. Actualmente, tem problemas de saúde (ao nível das cordas vocais, que o impedem de falar normalmente).
Para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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