CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 13 de janeiro de 2024

7 325 - A Cimeira do Alvor e a independência de Angola! Os passeios às Quedas do Duque de Bragança|

 Cavaleiros do Norte da CCAV. 8423, a de Zalala mas já em Vista Alegre, aqui em viagem (turística) para as Quedas
do Duque de Bragança. De pé, Almiro Maciel, furriel João Dias, alferes Lains dos Santos, furriel Évora Soares 
(falecido a 21/08/2008, de doença), Carlos Coelho e Famalicão (o Agra, de pé). Em baixo, Carlos Costa 
(f. a 24/04/2025) e Fernando Silva
Os furriéis milicianos Carlos Letras e António Chitas (o que será
feito dele?...), ambos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, junto
  à placa das Quedas do Duque de Bragança (Calandula). Há 49 anos,
organizavam-se «excursões turísticas» militares em duras Berliets
Notícia do «Diário de
Lisboa» de há 49 anos

A Cimeira entre Portugal e os três movimentos de libertação de Angola (o MPLA de Agostinho Neto, a FNLA de Holden bRoberro e a UNITA de Jonas Savimbi) continuava no Alvor e a 13 de Janeiro de 1975, uma segunda-feira de há
49 anos, soube-se que, embora sem confirmação oficial, o dia 11 de Novembro estava apontado como o da independência de Angola.
Assi seria!
Sabia-se também, de acordo com o «Diário de Lisboa» (que agora fomos rever), que «a constituição e chefia do futuro Governo» - o Governo de Angola, be entendido... - era um dos pontos mais relevantes, e de resto dos mais discutidos, das «intensas negociações» que decorriam na Cimeira do Alvor.
Os três movimentos de libertação pretendiam 5 ministérios para cada um e dois para Portugal. Opôs-se a delegação portuguesa, liderada pelo major Melo Antunes, contrapondo «4 pastas para cada uma das partes» - 4 para Portugal, 4 para o MPLA, 4 para a FNLA e 4 para a UNITA.
Quanto à liderança do futuro Governo angolano, Portugal lançou a ideia de ser rotativa, ou colectiva. Ver AQUI e AQUI
Mal adivinhavam, todos os participantes da Cimeira do Alvor - portugueses e angolanos! -, o que o futuro lhes reservava, para os meses e anos mais próximos! Nem, obviamente, poderiam imaginar!
O furriel José Pires, das TRMS da CCS, nas
 Quedas do Duque de Bragança (1975)


Os passeios às Quedas 
do Duque de Bragança !

Os dias desses meados de Janeiro de 1975 iam sendo riscados do calendário, decorria a Cimeira do Alvor e, pelas bandas do Uíge angolano, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam a sua jornada africana. 
Cumprindo tarefas operacionais diárias e, muito expectantes, aguardando os dias do seu futuro.
O que iria acontecer nos tempos mais 
próximos?, quais seriam as suas próximas missões? Que papel lhe estaria destinado?
Ninguém sabia.
Todos desejavam saber.
Sabia-se é que, de alguma forma despreocupadamente, tanto quanto era possível..., as quatro Companhias dos Cavaleiros do Norte se organizavam para proporcionar lazer que afortunasse os tempos que por lá se viviam. Havia o futebol, também as sessões de cinema, e passou-se à «dinamização de passeios de fim de semana para alguns dos militares», nomeadamente às famosas Quedas do Duque de Bragança.
As imagens que hoje publicamos, e sem data, referem-se a alguns desses passeios turísticos dos Cavaleiros do Norte, feitos não em luxuosos autocarros e outras mordomias...), mas nas duras Berliets de transporte militar (que davam para todo os serviços e mais alguns...) - que se transformaram, assim, de meio transporte para zonas de guerra, de teatro operacional, para este pacífico e apetitoso serviço de lazer.
Bem bom!

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