CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

7 337 - Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 com «recruta» em Santa Margarida!

 

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, futuros furriéis milicianos, aqui no RC4, em Santa Margarida, há
50 anos e sobre um carro de combate: Francisco Neto, Viegas, Mário Matos e José Monteiro. Todos
da CCS e de Operações Especiais (Rangers), menos o Matos, atirador de Cavalaria e da 2ª. CCAV. 

Cavaleiros do Norte da CCS nas Quedas do Duque
de Bragança: 1ºs. cabos João Pires, Vasco Vieira e Domingos Teixeira 
(Vasquinho) e furriéis António José
Cruz e Nelson Rocha





Há 50 anos, na sexta-feira de 25 de Janeiro de 1974, os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 partiram para um fim de semana da sua Escola de Recrutas, no Campo Militar de Santa Margarida.
Aquartelados no Destacamento do Regimento de Cavalaria nº. 4 (o RC4), centenas de jovens faziam a sua especialização como atiradores de Cavalaria, já distribuídos pelas 3 companhias operacionais, na altura  comandadas por tenentes de então e futuros capitães milicianos: a 1ª. CCAV. 8423 (por Davide de Oliveira Castro Dias), a 2ª. CCAV. 8423 (por José Manuel Romeira Pinto da Cruz) e a 3ª. CCAV. 8423 (por José Paulo de Oliveira Fernandes).
A famosa Mata do Soares, nos arredores do Campo MIlitar de Santa Margarida da Coutada, foi o chão para essas «férias» do fim de semana de há 50 anos.
A CCS já tinha parte do seu quadro e já com o capitão António Martins de Oliveira, o comandante. Mas quanto a milicianos, apenas lá estavam os futuros alferes António Manuel Garcia e os furriéis José Augusto Monteiro, Celestino José Viegas e Francisco Neto - de Operações Especiais (Rangers) e formadores da Escola de Recrutas.
Um e outros especialistas iriam chegar e dias próximos.

A chegada da Luanda do Alto
Comissário Silva Cardoso

O novo Alto Comissário
Silva Cardoso  chegou
a Luanda!

Um ano depois e já com meio ano de jornada africana por terras do norte de Angola, soube-se que o brigadeiro Silva Cardoso iria ser o novo Alto Comissário de Portugal em Angola, substituindo o almirante Rosa Coutinho.
O dia foi tempo, em Lisboa, de reunir a Comissão Nacional de Descolonização e não foi surpreendente a nomeação do brigadeiro Silva Cardoso, que já integrava a Junta Governativa de Angola e participara na Cimeira do Alvor - com os movimentos de libertação. Tinha posse para marcada para a terça-feira seguinte, dia 28 de Janeiro, e logo partiria para Luanda.
Quem há 49 anos (a 25 de Janeiro de 1975) partiu para Luanda foi o almirante Rosa Coutinho, que ia deixar o cargo e, na viagem, se fez acompanhar pelo comandante Correia Jesuíno (que era o Secretário de Estado da Comunicação Social de Angola), capitão Armando Fonseca de Almeida (SE do Trabalho), major Pezarat Correia (da Comissão Coordenadora do MFA em Angola), pelo major José Emílio da Silva (da Junta Governativa) e  pelo comandante Eugénio Carvalheiro.
Daniel Chipenda liderou a Revolta do
Leste, facção dissidente do MPLA

Forças de Chipenda 
no Leste de Angola !


Os Cavaleiros do Norte do BCAV.  8423 continuavam tranquilamente a sua missão, por terras do Uíge, mas a imprensa de há 49 anos dava conta da entrada de forças da Facção Chipenda no leste de Angola. 
O jornal «O Comércio», que se publicava em Luanda, anunciava que forças da Revolta do Leste, a de Chipenda, estavam em Ninda e que «anteontem se deslocava em direcção ao Luso, com instruções para garantir a segurança durante a permanência de Chipenda na cidade». As forças eram comandadas pelos comandantes Kilamanjaro e Rosa, entre outros.
A Revolta do Leste pretendia que as suas forças fossem integradas no futuro Exército Nacional de Angola e, depois do Acordo do Alvor, Daniel Chipenda (que era dissidente do MPLA), anunciou a realização de um congresso para definir a posição da sua facção, salientando, todavia, que, segundo o jornal «O Comércio», «em não provocar um conflito armado».
Forças do Exército Português de o MPLA «tomaram posições na estrada de acesso à capital do Moxico», para evitar o avanço da Revolta do Leste e uma unidade da FNLA, deslocada do Luso, «começou a movimentar-se nas imediações do espaço onde estão estacionadas as forças de Chipenda».


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