CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 7 de março de 2015

3 052 - Visitas protocolares dos Cavaleiros e 12 jornalistas detidos

Almeida e Brito, o segundo, da esquerda, ladeado pelo furriel Reino e, à
 direita, por Armando Mendes (3ª. CCAV.) e capitão José Paulo Falcão, na noite de 
consoada de 1974. Em baixo, uma capa da revista «Notícia», suspensa há 40 
anos, pela Comissão Nacional de Descolonização, com a detenção de 12 jornalistas



O comandante Almeida e Brito, com alguns oficiais do BCAV. 8423, fez visitas protocolares ao Governador do Distrito, ao Bispo da Diocese e ao Juízes do Tribunal do Uíge. Foi a 5 de Março de 1975 e o objectivo, muito natural, era criar empatias com as forças vivas da cidade capital do distrito.
As novas NEP´s foram promulgadas, face à já aqui citada «necessidade de execução de um serviço de PM nas ruas da cidade». Sobretudo, como também já aqui foi lembrado, para «prever a resolução das muitas quezílias existentes, entre a população civil e as NT, devido à animosidade que aquela tem a estas». mas também, sublinhe-se, para «garantir a melhor apresentação do pessoal militar».
A detenção de João Fernandes (aqui ontem falada), foi confirmada a 7 de Março de 1975 e o jornalista foi enviado para Lisboa, por ordem da Comissão Nacional de Descolonização. A revista «Notícia», que dirigia, foi suspensa por tempo indeterminada e com ele, para a Europa, veio também Sousa Oliveira, autor de vários artigos «contrários ao espírito do Acordo da Penina», o do Alvor, e «tendentes a provocar a discórdia no seio das Forças Armadas Portuguesas e entre estas e os movimentos de libertação e o povo angolano».
A mesma data foi a do conhecimento da detenção de mais 10 jornalistas. todos da revista «Vida Portuguesa», que se publicava na África do Sul e Rodésia, mas «impressa em Angola», e, por outro lado, «sustentada pro firmas portuguesas naqueles dois países»
A CND considerou-os «indesejáveis em Angola, devido à sua «responsabilidade e cooperação na  voz dos portugueses» naqueles dois países. Foram eles Carlos Moutinho (o director), Carlos Bártolo, Bela Jardim, Penteado dos Reis, Domingos de Azevedo, Hamilton Moreira, Reinaldo Silva, Júlio Martins, Jiil Young e Júlio Marques.
Iam assim, os dias da descolonização de Angola, com os Cavaleiros do Norte na capital do Uíge.

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