CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 20 de abril de 2025

- Há 50 anos: Calma em Carmona, visita do Comandante e incidentes no Negage!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423. Sentados, os alferes Carvalho de Sousa e João Machado, capitão
José Manuel Cruz, alferes Jorge Capela e furriel José Fernando Melo, todos milicianos. De pé e à direita,
João Rito, que hoje faria 73 anos mas, de doença, faleceu a 01/03/2016. Alguém identifica os outros dois?

Condutores da CCS: Manuel Alves (?), Alípio
Canhoto (em cima), Delfim Serra, António
Picote (falecido) e Manuel Gonçalves (f.)


Os incidentes entre combatentes armados dos movimentos de libertação eram «coisa» do dia-a-dia angolano do Uíge de há 50 anos - querendo, cada qual, marcar posição no território político.
A 20 de Abril de 1975 e apesar disso, o quotidiano uíjano continuava mais ou menos calmo, repetindo-se esses incidentes, é certo, mas avulsos e controlados pela intensa actividade desenvolvida pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 nos patrulhamentos de longo curso diariamente feitos.
Assim como os serviços de «policiamento» permanentemente desenvolvidos nas malhas urbanas - ora em Carmona, principalmentenesta cidaa capital, ora no Negage, no Songo, no Quitexe e em em Vista Alegre/Ponte do Dange, por onde ainda estavam activos aquartelamentos militares portugueses.
A 20 de Abril de 1975, porém, essa estabilidade foi quebrada no Negage, o que, segundo o relato do livro «História da Unidade», «obrigou à realização de uma reunião conjunta com a FNLA, de modo a obter uma mentalização do que deverá ser a missão das NT e dos Exércitos de Libertação neste período que decorre até à independência».
O que andava em causa, na prática, era uma questão de autoridade e soberania: que ainda era totalmente responsabilizada às Forças Armadas Portuguesas. O que, valha a verdade, não era muito bem aceite pelos movimentos de libertação - que entre eles também não se entendiam.

Almeida e Brito
Almeida e Brito na CCAÇ.
4741 e em dia de incidentes
no Negage !

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Negage no dia 20 de Abril de 1975, na «continuação das visitas às subunidades» então operacionalmente dependentes do BCAV. 8423.
Lá estava aquartelada a CCAÇ. 4741/74 e o dia, como acima se lê, coincidiu com os incidentes desta cidade, o que obrigou à realização da sobredita reunião conjunta, com a FNLA, com vista a «encontrar entendimentos entre os movimentos».
O que, valha a verdade, não era nada fácil. Bem pelo contrário! Eram bem conhecidas as suas diferenças políticas, cada vez mais «discutidas» mais pelas armas e menmos pela diplomacia.

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