CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 10 de agosto de 2014

2 239 - A última acção operacional dos Cavaleiros do Norte

Palácio do Governador, em Luanda. Os incidentes 
do Bairro do Saneamento foram há 35 anos

Os Cavaleiros do Norte, chegados ao Grafanil, ficaram «a cumprir missões de unidade de reserva da RMA». A 9 de Agosto de 1975, foi chamado a intervir no Bairro do Saneamento, onde se guerreavam combatentes do MPLA e da FNLA. Terá sido a sua última acção operacional.
O dia era de sábado e, no Grafanil, foi formado um grupo de combate que foi «acudir» as NT chegadas nas vésperas, de Lisboa, muito revolucionárias (à moda do tempo) e que nos tinham apelidado de tropa colonialista e fascista. Era o seu baptismo de fogo e deram-se mal com a «empreitada», inadvertindo-se em perigosas posições na linha de fogo, no «violento tiroteio, com armas ligeiras e pesadas» que rompeu na madrugada, «à medida que se generalizava uma ofensiva desencadeada pelo MPLA, com a intenção de desalojar os últimos militares e políticos da FNLA». Estes, instalados no luxuoso Bairro do Saneamento - por detrás do Palácio do Governo e com belíssima vista para as praias. Os tropas, na Fortaleza de S. Pedro da Barra.     
Os Cavaleiros do Norte acudiram quem nos apelidou do que quis e, ao saber-se do socorro do nosso grupo de combate, já no Grafanil, tal foi razão para a nossa «retaliação» psicológica junto dos socorridos. «Com que então, somos fascistas e colonialistas?!... E precisaram de nós para se safarem?!».
A brutal «estreia» desse batalhão levou a que, chegada de Lisboa a última companhia, realizasse um plenário, exigindo o imediato regresso a Portugal. Era o que faltava! Plenário, era termo que não entrava no nosso vocabulário e fomos espreitá-lo. Dele, recordo a veemência revolucionária, a efervescência emocional, as palavras de ordem gritadas, «coisas» que soavam estranhas aos nossos ouvidos.
Regressámos nós, a 8 de Setembro! Por lá ficaram eles, até quando não sei.

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