Campo Militar do Grafanil, a última casa angolana dos Cavaleiros do Norte
O partido de Jonas Savimbi queixou-se da falta de acesso aos órgãos de informação angolanos e desmentiu «o acordo de cessar fogo com o MPLA e a realiz
A delegação era liderada por José Ndele, o 1º. Ministro do Governo de Transição - que o Alto Comissário interino, Ferreira de Macedo fizera cessar dias antes - e negou que o governo tivesse acabado. «O Governo de Transição existiu sempre. As condições é que não permitem que toda a gente possa estar no lugar da suas funções», disse José Ndele, que, em Lisboa, estava acompanhado de Wilson Santos (do bureau político) e Paulo Tjipilica (delegado a UNITA em Luanda).
Em Luanda, confirmava-se a rutura do MPLA com o Governo Português, acusado, num comunicado de três páginas, publicado na imprensa local. Nomeadamente, que «a coberto de uma falsa neutralidade, permitiu que o nosso país fosse invadido pelo exército do Zaire e pelo da África do Sul». Acrescentava o documento que «o mesmo governo (português) assistiu impassível aos crimes atrozes perpetrados pela FNLA e pela UNITA» e de ter «consentido o assassínio em massa de angolanos, torturados até à morte, violados e espancados até os canibais imperialistas se sentirem satisfeitos».
A tese de canibalismo era expressamente dirigida aos homens da FNLA.
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