CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

2 970 - O Quitexe de há 2 anos, o acordo MPLA/UNITA

Avenida do Quitexe, em Dezembro de 2012, no sentido de Camabatela (foto de Carlos 
Ferreira). Notícia sobre o acordo entre o MPLA e a UNITA, há 40 anos! 


Há dois anos, o Carlos Ferreira, que foi Cavaleiro do Norte de Zalala, passou pelo Quitexe e registou esta imagem da avenida da vila, no sentido do cemitério e de Camabatela. Tirando as casas da esquerda, que não existiam no nosso tempo, parece-nos igualzinha: o mesmo piso sem asfalto, o mesmo separador central, ajardinado! 
Atrás, nas costas do fotógrafo Ferreira, ficavam a zona de aquartelamento (com o comando e a secretaria do Batalhão, estações de rádio, oficinas, parque-auto, cozinha, refeitório e casernas), depois e ao longo da avenida, a secretaria da CCS, a casa dos furriéis, as messes da oficiais e sargentos, a padaria e o depósito de géneros, mais à frente da casa do comandante (ainda do lado esquerdo da foto), a cantina (do lado direito). E a enfermaria, na transversal em frente à residência de Almeida e Brito, a ligar com a estrada do café e Carmona.
Há 40 anos, a grande novidade do dia era o acordo entre o MPLA e a UNITA, noticiado no Diário de Lisboa. Jonas Savimbi,  «ovacionado por milhares de pessoas» na sua chegada ao Luso, deu conta das negociações realizadas em várias capitais africanas e da conclusão, na véspera, das que estabelecera com Agostinho Neto, num «ambiente mais que fraternal»
Não deu pormenores, quando discursava no comício para os seus companheiros de partido/movimwento, mas falou na cimeira que já não iria ter lugar no dia 18 de Dezembro, nem nos Açores, ficando para «depois do Natal, em data e local a combinar pelos três movimentos de libertação».
O Governo de Transição proposto pelo ministro Almeida Santos na assembleia geral da ONU - e que deveria ser formado ainda em 1974 -, foi falado pelo presidente da UNITA, mas para dizer que seria rejeitado pelos três movimentos de libertação. 
«Só aceitaremos participar num governo em que sejamos responsáveis», disse Jonas Savimbi.

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