Natal no Quitexe, com um militar não identificado e os alferes milicianos Hermida (de bigode
e mãos no cinto), Pedrosa de Oliveira, António Albano Cruz, Jaime Ribeiro e António Garcia.
À frente, o padre Albino Capela. Em baixo, o natal da Família Margarida e (alferes) Cruz, com o filho Ricardo
O Natal de 1974, no Quitexe, foi também com a comunidade militar a partilhar-se com a civil, como documenta a imagem, tirada nas vésperas, na escola do Cazenza, a aldeia que ficava à esquerda da saída do Quitexe, no caminho para o cemitério da vila e da vizinha Cabamatela.
Estou em crer que, ali do lado esquerdo, está a Irmã Maria Augusta, coincidentemente irmã do padre Albino Capela, o titular da Missão do Quitexe - que está aqui à frente, de branco e de óculos, atrás dos crianças negras.
O Natal de lá, sem o frio, a neve ou a chuva de cá (a que estávamos habituados), parecia ter um sabor diferente. Mas era igual, não faltando sequer a doçaria e os acepipes de época, matando as saudades das nossas consoadas caseiras. Nem o bolo-rei faltaria, como depois veríamos, na noite de 24 de Dezembro.
Os dias de véspera eram sempre de mais correio, que chegava da família e dos amigos que, por cá, comungavam a mesma dor da nossa ausência. Chegou também, em data indeterminada, o comandante Almeida e Brito - que a Portugal viera de férias e fôra interinamente substituído pelo capitão José Paulo Falcão.
Os Cavaleiros do Norte, recorde-se, não tinham 2º. comandante. O mobilizado major Ornelas Monteiro foi «desviado» em vésperas do embarque para a Guiné-Bissau e o capitão José Diogo Themudo apenas chegou em Março de 1975.
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