CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

2 998 - Dois ex-Zalalas «encontrados» na praça de Águeda

José Júlio e Carlos Ribeiro, dois ex-Zalalas anteriores aos Cavaleiros do Norte, 
rodeando Viegas, numa manhã de Águeda. Em baixo, mural de entrada em Zalala

A vida é assim: vai a gente por aí fora, pára aqui e ali e encontra um amigo, bota faladura, murmura sobre a saudade, e, de repente, dá-se de surpresas. Foi o que aconteceu na sexta-feira - dia 9 de Janeiro de 2015. Na praça de Águeda, encontrei o Carlos Ribeiro, que foi meu companheiro de turma e de futebol, e logo a seguir o José Júlio, também contemporâneo (embora mais velho, de escola) e que a vida nos fez encontrar muitas vezes, ele bancário e depois empresário da área da fotografia. Os dois, imaginem só, são antigos aquarteladados de Zalala.
O José Júlio por lá passou em 1971, uns 11 meses. Não se lembra do nº. da Companhia, mas desfiou recordações da jornada que por lá o levou, como furriel miliciano atirador de infantaria, pelas matas, picadas e trilhos das redondezas - até Zala e Quipedro, a Vamba. «Já não me lembro dos nomes...», disse ele.
O Ribeiro, também furriel miliciano atirador de infantaria, era do BCAÇ. 4211, justamente o batalhão que os Cavaleiros do Norte substituíram. Não nos encontrámos por lá e achámo-nos agora, nas surpresas da vida.
O Ribeiro tinha (e tem) um irmão gémeo, o Jorge, igualzinho a ele, tão igual que um deles tirava fotografias pelos dois. E, como jogavam futebol na mesma equipa (a dos juniores e depois nos  seniores do Valonguense, na qual também dei uns chutos), reza a lenda que o Carlos - que era guarda-redes (e dos bons!!!), foi expulso mas jogou na mesma no(s) jogo(s) seguinte(s), com o cartão do irmão gémeo! 
Sei lá, é a lenda, eles não confirmam, nem desmentem, só se sorriem, mas não custa nada acreditar na habilidade. Ainda hoje, quando os encontro, lhes pergunto qual é ele dos dois: «És o Carlos, ou o Jorge?!». 
Na tropa, tiveram sortes diferentes: foi o Carlos para Zalala (e depois para o Ambriz) e o Jorge para a Guiné. E continuam iguais.

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