José Júlio e Carlos Ribeiro, dois ex-Zalalas anteriores aos Cavaleiros do Norte,
rodeando Viegas, numa manhã de Águeda. Em baixo, mural de entrada em Zalala
rodeando Viegas, numa manhã de Águeda. Em baixo, mural de entrada em Zalala
A vida é assim: vai a gente por aí fora, pára aqui e ali e encontra um amigo, bota faladura, murmura sobre a saudade, e, de repente, dá-se de surpresas. Foi o que aconteceu na sexta-feira - dia 9 de Janeiro de 2015. Na praça de Águeda, encontrei o Carlos Ribeiro, que foi meu companheiro de turma e de futebol, e logo a seguir o José Júlio, também contemporâneo (embora mais velho, de escola) e que a vida nos fez encontrar muitas vezes, ele bancário e depois empresário da área da fotografia. Os dois, imaginem só, são antigos aquarteladados de Zalala.
O José Júlio por lá passou em 1971, uns 11 meses. Não se lembra do nº. da Companhia, mas desfiou recordações da jornada que por lá o levou, como furriel miliciano atirador de infantaria, pelas matas, picadas e trilhos das redondezas - até Zala e Quipedro, a Vamba. «Já não me lembro dos nomes...», disse ele.
O Ribeiro, também furriel miliciano atirador de infantaria, era do BCAÇ. 4211, justamente o batalhão que os Cavaleiros do Norte substituíram. Não nos encontrámos por lá e achámo-nos agora, nas surpresas da vida.
O Ribeiro tinha (e tem) um irmão gémeo, o Jorge, igualzinho a ele, tão igual que um deles tirava fotografias pelos dois. E, como jogavam futebol na mesma equipa (a dos juniores e depois nos seniores do Valonguense, na qual também dei uns chutos), reza a lenda que o Carlos - que era guarda-redes (e dos bons!!!), foi expulso mas jogou na mesma no(s) jogo(s) seguinte(s), com o cartão do irmão gémeo!
Sei lá, é a lenda, eles não confirmam, nem desmentem, só se sorriem, mas não custa nada acreditar na habilidade. Ainda hoje, quando os encontro, lhes pergunto qual é ele dos dois: «És o Carlos, ou o Jorge?!».
Na tropa, tiveram sortes diferentes: foi o Carlos para Zalala (e depois para o Ambriz) e o Jorge para a Guiné. E continuam iguais.
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